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    Justiça determina que MST desocupe área da Suzano no Espírito Santo

    O movimento alegou que a fazenda seria patrimônio do Estado e estaria sendo utilizada há anos pela Aracruz Celulose, que foi incorporada pela Suzano

    No início de março, o MST invadiu outras três propriedades da Suzano nos municípios baianos de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas
    No início de março, o MST invadiu outras três propriedades da Suzano nos municípios baianos de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas MST

    Raquel Landim

    A Justiça do Espírito Santo determinou a desocupação de uma fazenda da Suzano em Aracruz, no Espírito Santo, invadida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A liminar de reintegração de posse foi concedida em regime de urgência, com a determinação de multa de R$ 5 mil por pessoa por cada hora que os manifestantes permanecerem no local, conforme o documento que a CNN teve acesso.

    A área foi invadida pelo MST na madrugada desta segunda-feira. O movimento alegou que a fazenda seria patrimônio do Estado e estaria sendo utilizada há anos pela Aracruz Celulose, que foi incorporada pela Suzano. A alegação, contudo, é desmentida pela decisão judicial.

    A empresa apresenta uma série de documentos, incluindo o registro do imóvel e os recibos de pagamentos de impostos, que demonstram que é a legítima proprietária da fazenda. Também fica comprovada que a área é produtiva, utilizada para o cultivo do eucalipto que abastece as unidades da empresa na própria cidade de Aracruz, no Espírito Santo, e em Mucuri, na Bahia.

    No início de março, o MST invadiu outras três propriedades da Suzano nos municípios baianos de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas. A empresa obteve liminares de reintegração de posse em todos os casos. As áreas foram desocupadas.

    O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, mediou pelo menos duas reuniões entre a Suzano e o MST, mas as discussões empacaram. Segundo apurou a reportagem, faltam recursos no Incra para indenizar a empresa por desapropriações. O MST pleiteia que seja cumprido um acordo selado em 2015. Na época, a Suzano disponibilizou 12 imóveis, totalizando 15 mil hectares, mas apenas 2 foram adquiridos pelo governo.