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    Justiça decreta prisão preventiva de procurador que agrediu colega em Registro (SP)

    Pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil nesta quarta-feira (22)

    Iuri Pittada CNN

    O juiz Raphael Ernane Neves, da Primeira Vara Criminal do Foro de Registro, no interior de São Paulo, decretou nesta quarta-feira (22) a prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que foi gravado agredindo a procuradora-geral do município Gabriela Samadello Monteiro de Barros.

    A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, reunindo fotos e vídeos da agressão. O depoimento de Barros também foi adicionado à investigação e utilizado no requerimento da polícia.

    Também nesta quarta, o ouvidor das Polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, requisitou a prisão temporária de Macedo “a fim de salvaguardar o direito da vítima”. No entanto, a Justiça decretou prisão preventiva do procurador.

    De acordo com o despacho do delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, Macedo “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública.”

    O prefeito de Registro, Nilton Hirota (PSDB), disse que a agressão é “execrável e abominável”, suspendeu preventivamente por 30 dias o procurador de suas atividades e afirmou que será feito tudo que é possível “dentro dos trâmites da lei”.

    CNN tentou contato com a defesa do procurador Demétrius Macedo, mas não obteve resposta.

    Entenda o caso

    No boletim de ocorrência obtido pela CNN, Gabriela narra que, por volta das 16h50 da segunda-feira, Macedo saiu de sua sala e veio em sua direção, desferindo uma cotovelada na região da cabeça e a arremessando contra a parede. O agressor seguiu com socos contra a colega, que caiu no chão.

    À Polícia Civil, a procuradora relatou que o suspeito estava, há alguns meses, tendo uma “atitude grosseira” com uma outra funcionária do setor, que procurou Gabriela para denunciar o comportamento “indevido” de Macedo.

    Diante dos acontecimentos, somados ao fato de outra funcionária ter dito estar com “medo de trabalhar”, a procuradora entrou com uma proposta de procedimento administrativo disciplinar contra Macedo. Na segunda-feira, uma publicação do Diário Oficial do Município informou que uma comissão havia sido formada para apurar os fatos.

    “A declarante acredita que por este motivo Demétrius a agrediu”, finaliza a ocorrência.

    Em nota enviada à CNN, a Polícia Civil informa que o caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Registro. “A equipe da unidade já ouviu a vítima e o agressor e aguarda o resultado dos exames periciais para análises e elucidação dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial”, diz comunicado.

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