Justiça de SP nega pedido de habeas corpus a jornalista que foi perseguido por Zambelli
A perseguição contra o jornalista, um homem negro, aconteceu na véspera do segundo turno das eleições de 2022; Zambelli é ré no Supremo por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo
A Justiça de São Paulo negou o pedido de habeas corpus do jornalista Luan Araújo, condenado por crime contra a honra da deputada federal Carla Zambelli (PL). A decisão é do último dia 19, segundo o Tribunal de Justiça do estado.
A pena dele foi convertida em prestação de serviços à comunidade.
Em 2022, Zambelli perseguiu Araujo na véspera do segundo turno das eleições daquele ano, enquanto empunhava uma arma.
A parlamentar, virou ré no Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2023 por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Já a condenação de Araújo foi a respeito de um texto que o jornalista publicou sobre a perseguição.
Ele disse, no texto, que Zambelli mantém uma “seita de doentes de extrema direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades”. Em outro trecho, o jornalista falou que a deputada é parte de uma “extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”. A publicação não está mais disponível. Após decisão judicial, o texto foi removido.
Quem é Luan Araújo
O jornalista tem 34 anos e mora na zona Leste de São Paulo.
É graduado pela Universidade São Judas Tadeu, e dedicou boa parte da carreira ao jornalismo esportivo.
Além de corintiano e membro da Gaviões da Fiel, o jornalista é bastante ativo nas redes sociais, onde defende pautas como combate ao racismo e também políticos de esquerda. Apoiou Haddad (2018) e Lula (2022) nas últimas eleições presidenciais
Trabalhou ainda como assessor de imprensa e como gestor de comunidades digitais.
*Com informações do Estadão Conteúdo