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    Justiça dá 48h para governo Bolsonaro e o do DF explicarem fim de isolamento

    Para o MPF, "é consenso que ainda não atingimos o pico da doença no Brasil e em Brasília". Quarentena na capital federal deve acabar na próxima semana

    Basília Rodriguesda CNN

    A Justiça Federal do Distrito Federal deu prazo de 48 horas para a União e o governo do Distrito Federal explicarem por que o isolamento social em Brasília vai acabar na próxima semana.

    Para o Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Distrito Federal, 
    “é consenso entre especialistas que ainda não atingimos o pico da doença no Brasil e em Brasília”. Somente na capital federal, já há mais de 1.200 casos confirmados e, ao menos, 27  mortes. 

    A juíza federal titular da terceira vara, Kátia Balbino, cobrou evidências científicas e números de que Brasília teria capacidade para atender novas vítimas.

    “Deverá o Distrito Federal informar, necessariamente, a quantidade de leitos disponíveis, especificando os de UTI devidamente aparelhados. No mesmo sentido, “deverá a União, necessariamente, informar eventuais estudos direcionados ao Distrito Federal e que se relacionem à redução do distanciamento social, bem como informações que digam respeito às medidas para o combate à COVID 19”.

    Pouco a pouco, Brasília já está voltando a funcionar, apesar do quadro crescente de coronavírus no país.

    Na prática, o fim do isolamento está marcado para o início de maio, mas já há vários setores movimentados. Além das atividades essenciais – como padarias e serviços de delivery –, pessoas que trabalham em escritórios imobiliários ou de advocacia, por exemplo, apesar de não essenciais, também já voltaram à ativa. Com essa flexibilização, tem gente que nem esperou uma mudança oficial de regra para voltar às ruas.

    A ação afirma que o isolamento social é estratégia que se tem mostrado eficaz no retardamento da velocidade de propagação da doença. 

    “O Governo não pode expor a risco o direito à saúde das pessoas diante da pandemia da COVID-19, contrariando determinações de outras autoridades que apontam em sentido contrário”, afirma a ação civil pública.

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