Justiça condena por falsidade ideológica suspeito de envolvimento nas mortes de Bruno e Dom
Segundo o juiz, "Colômbia" admitiu ter participado da confecção do documento ideologicamente falso, fingindo ser brasileiro
A Justiça Federal do Amazonas condenou Rubén Dário da Silva Villar Coelho, o “Colômbia”, suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, por falsidade ideológica.
Segundo o juiz, “Colômbia” admitiu ter participado da confecção do documento ideologicamente falso, repassando a um funcionário público os dados falsos, fingindo ser brasileiro.
O documento foi usado na sede da Polícia Federal de Tabatinga em julho deste ano durante as investigações das mortes de Bruno e Dom Phillips, ocasião em que “Colômbia” foi preso em flagrante.
A pena fixada foi de 2 anos de reclusão e 90 dias-multa. Porém, houve a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos.
Agora, o réu deverá pagar R$ 15 mil e uma multa no valor de R$ 5 mil. Caso “Colômbia” não pague os valores, ele poderá ser preso por descumprimento.
Em outubro deste ano, o juiz Fabiano Verli, da Vara Federal Cível e Criminal de Tabatinga (AM), concedeu liberdade provisória a “Colômbia”, mas impôs algumas restrições na decisão.
Ele deveria pagar fiança no valor de R$ 15 mil, além de permanecer em reclusão domiciliar e se apresentar mensalmente à Justiça. O preso também ficou proibido de deixar a cidade de Manaus e deveria usar tornozeleira eletrônica.
“Colômbia” nega participação nas mortes de Bruno e Dom. À CNN, a defesa de Rubén Dário da Silva Villar Coelho disse que ele não vai se manifestar sobre a condenação.
Os outros envolvidos no caso, Amarildo da Costa de Oliveira, o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, e Jeferson da Silva Lima continuam presos.
A Justiça Federal do Amazonas marcou para os dias 23, 24 e 25 de janeiro de 2023 as audiências dos três suspeitos.