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    Justiça alemã absolve brasileiras que tiveram malas trocadas em aeroporto

    Advogadas de Kátyna Baía e Jeanne Paolini pretendem processar o Ministério Público da Alemanha e as empresas Gol e dnata

    Ana Coelhoda CNN*

    Em São Paulo

    A justiça alemã absolveu Kátyna Baía, 44 anos, e Jeanne Paolini, 40 anos, que foram vítimas de um caso de troca de malas ocorrido no aeroporto de Guarulhos em março deste ano. As bagagens que foram colocadas no nome delas continham drogas.

    Segundo a advogada Luna Provázio, que defende o casal, o processo criminal foi completamente encerrado oito meses após a libertação das brasileiras da prisão.

    Agora, ambas planejam entrar com uma ação de indenização contra o Ministério Público alemão e o Estado alemão. A defesa delas também planeja processar a companhia aérea Gol e a empresa dnata, responsável pelo apoio à operação aeroportuária.

    A CNN entrou em contato com a Gol e com a dnata para obter um posicionamento, em nota, a Gol informou “que, até o momento, não foi acionada judicialmente e, portanto, não fará comentários.”

    O caso foi investigado pela Operação Iraúna, da Polícia Federal em Goiás, que prendeu seis suspeitos envolvidos na troca de etiquetas de bagagens para envio de drogas ao exterior.

    Comemorações

    Pelas redes sociais, Kátyna e Jeanne comemoraram a notícia sobre o encerramento do processo.

    Kátyna fez um story no Instagram agradecendo às advogadas que cuidaram do caso: “Se hoje desfrutamos da nossa liberdade, temos a Justiça de Deus acima de tudo e esses nossos anjos em terra que lutaram, defenderam e defendem nossa inocência.”

    Também pelos stories, Jeanne classificou a notícia como “presente de Natal” e também agradeceu às advogadas. “Esperamos que mude a abordagem da polícia alemã em aeroportos”, escreveu.

    Relembre o caso

    No início de março, Jeanne Paolini e Kátyna Baía tiveram as etiquetas das bagagens trocadas por malas com drogas e foram detidas quando chegaram ao aeroporto de Frankfurt, na Alemanha. O casal ficou preso por um mês e descreveu o ambiente como “desesperador”.

    Segundo a Polícia Federal (PF), ambas saíram do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), fazendo escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

    Porém, no terminal aéreo em São Paulo, tiveram as etiquetas trocadas por um grupo criminoso com malas carregadas de drogas.

    A liberação das duas ocorreu após a PF e o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviarem às autoridades alemãs as provas da inocência das passageiras goianas.

    Outra vítima do esquema

    A Polícia Federal identificou outra brasileira vítima da quadrilha que trocava etiquetas de bagagens em aeroportos para enviar drogas à Europa.

    O crime foi constatado durante o desembarque da mulher em Paris, na França, em 3 de março. Um dia depois, duas goianas foram presas na Alemanha pelo mesmo motivo.

    Segundo o delegado Bruno Gama, responsável pela investigação, a vítima embarcou em Goiás rumo a Paris, mas a troca de etiquetas teria ocorrido durante escala no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

    Apesar de a bagagem ter sido apreendida com drogas na França, a mulher não chegou a ser detida no exterior porque dois suspeitos pelo crime foram identificados e presos.

    “A brasileira saiu com as malas pessoais normalmente, em Paris. Mas dois integrantes da organização foram presos em flagrante com a mala com drogas”, explicou o delegado.

    * Sob supervisão