Júri acaba em confusão entre promotor e advogado no Paraná; veja imagens
Ministério Público alega que vídeo divulgado foi editado
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pediu o afastamento do promotor de Justiça Thiago Trevizoli Justo por conta de uma confusão entre ele e um grupo de advogados durante uma audiência no Tribunal do Júri de Cascavel (PR), na última terça-feira (23).
O advogado criminalista Claudio Dalledone publicou trechos do ocorrido em suas redes sociais. Em alguns desses recortes, é possível ouvir o promotor xingando Dalledone e sua equipe de “safado, palhaço, pilantra, bosta, frouxo”.
No mesmo vídeo, o representante do Ministério Público do Paraná (MPPR) também pede aos advogados que lhe batam “na cara”, e afirma que o escritório dos defensores não tem nome.
Em outra publicação no instagram, Dalledone afirmou que o promotor apresentou descontrole desde o início da sessão, ressaltou que ele desrespeitou toda a advocacia, e classificou as agressões como “criminosas”.
O pedido de afastamento feito pelo CNMP foi protocolado através de uma reclamação disciplinar contra o promotor. No documento, o órgão ressaltou a frequência com que representantes do MP têm se dirigido de modo agressivo a advogados, e pediu que o afastamento dure até o término das investigações.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Cascavel manifestou-se em repúdio ao promotor e protocolou contra ele um pedido de desagravo público.
Outro lado
Em nota enviada à CNN, o Ministério Público do Paraná disse que o vídeo exibido pelo advogado Claudio Dalledone em suas redes sociais é editado, além de afirmar que o promotor também foi ofendido pelos advogados.
“Na íntegra do vídeo é possível verificar todos os fatos, sem edição, inclusive os trechos em que os advogados dirigem graves ofensas ao promotor de Justiça”.
Em nota enviada à reportagem, Dalledone disse que desafia o MP a apresentar um vídeo em que o promotor tenha sido atacado. Segundo ele, as agressões partiram do promotor, e a reação dos advogados se deu “dentro do que permite a lei”.
*Sob supervisão de André Rigue