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    Justiça determina bloqueio de R$ 640 mil de ex-marido que matou juíza no RJ

    Segundo a perita Gabriela Graça Suares Pinto, golpe no pescoço foi a causa da morte imediata da magistrada

    Paula Martini, da CNN, no Rio de Janeiro

    O laudo do Instituto Médico Legal (IML) mostra que a juíza Viviane do Amaral Arronenzi, de 45 anos, foi morta com 16 facadas na véspera do Natal. O corpo tinha perfurações no pescoço, rosto, barriga e coxa. Ao tentar se defender do ex-marido, a juíza também foi ferida no antebraço esquerdo, o que os peritos chamam de “lesão de defesa”. A perita Gabriela Graça Suares Pinto, que assina o documento, atesta que o golpe no pescoço foi a causa da morte imediata da magistrada.

    A guarda provisória das três filhas do casal foi concedida para a avó materna, em decisão do plantão judiciário no dia 25 de dezembro.

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    Nesse sábado (26), a Justiça determinou o bloqueio de R$ 640 mil das contas de Paulo Arronenzi, ex-marido da juíza. Na decisão, o juiz João Guilherme Chaves Rosas Filho, da Comarca de Niterói, cita o fato de Paulo Arronenzi ter cidadania italiana, o que, segundo o magistrado, possibilitaria que Paulo enviasse o dinheiro para o exterior mesmo preso, através de terceiros. Segundo o juiz, o arresto tem como objetivo “resguardar valores referentes a futura ação de reparação por danos morais, e ainda para garantir o sustento das menores requerentes”.

    O bloqueio foi pedido pelas filhas do casal, representadas pela avó materna, que está com a guarda das crianças.

    O valor de R$ 640 mil foi pago pela juíza ao ex-marido no acordo de partilha de bens feito pelo casal durante o processo de divórcio, que aconteceu de forma consensual e teve início em outubro desse ano.

    Viviane foi cremada nesse sábado e o ex-marido dela, Paulo Arronenzi, teve a prisão preventiva decretada.

    O caso está sob segredo de Justiça.

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