Jovem é presa suspeita de desviar R$ 179 mil do avô para apostar em jogo online
Na ocasião, a mulher negou que teria praticado o crime e disse que desconhece a origem do dinheiro creditado em sua conta
A polícia civil do Paraná prendeu, na última semana, uma mulher de 22 anos que é suspeita de desviar R$ 179 mil do próprio avô. O caso aconteceu em Jussara, município situado no noroeste do estado.
Ainda segundo a polícia, o montante foi desviado durante um período de dois meses, entre setembro e outubro do ano passado, quando a jovem efetuou 59 saques e transferências bancárias utilizando o cartão e a senha da conta do avô.
O delgado Carlos Gabriel apurou que o dinheiro foi usado em um jogo de apostas online, conhecido como “jogo do tigrinho”.
A suspeita foi detida na última quinta-feira (27). Na ocasião, a mulher negou que teria praticado o crime. Ela disse desconhecer a origem do dinheiro, que chegou a ser creditado em sua conta bancária.
A polícia afirma que câmeras de segurança registraram as idas da jovem ao banco.
Após a captura, a polícia solicitou a prisão preventiva da suspeita.
Outros casos
Na última semana, a enfermeira Gabriely Sabino, de Piracicaba, no interior de São Paulo, fez contato com a família após ficar uma semana desaparecida.
À polícia, o pai da jovem, Luís Sabino, disse que a filha estaria conversando com um desconhecido pelo celular. Após o desaparecimento, a família descobriu que ela tinha dívidas na casa dos R$ 20 mil. Parte desse montante foi obtida por empréstimo de dois amigos da família.
A enfermeira teria contraído dívidas porque estaria viciada no “jogo do tigrinho”. O jogo é uma espécie de caça-níquel virtual, em que os jogadores apostam dinheiro com o objetivo de alinhar três figuras iguais em três fileiras, o que dá prêmios financeiros.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o “jogo do tigrinho” motivou o registro de mais de 500 boletins de ocorrência por golpe, no estado de São Paulo, desde o ano passado.
O jogo é alvo de investigações da pela Polícia Civil de São Paulo, que apura a participação de organizações criminosas nos delitos. Os criminosos usam a plataforma para aplicar golpes por meio da promessa de dinheiro fácil e os usuários são atraídos por perfis falsos e grupos nas redes sociais.
De acordo com as investigações da 3ª Delegacia do Departamento de Investigações Criminais da Polícia Civil (Deic), as plataformas ficam hospedadas fora do país e são clandestinas.
(Com informações do Estadão Conteúdo)