Japa do PCC: Justiça autoriza prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica
Karen de Moura Tanaka Mori foi presa no último dia 8, suspeita de lavagem de dinheiro
A Justiça de São Paulo autorizou que Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como “Japa do PCC”, de 37 anos, cumpra prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.
À CNN, o advogado Eugenio Malavasi, um dos três representantes de Karen, confirmou a informação.
Foi levado em consideração pelo juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, do Tribunal de Justiça de São Paulo, o fato de Karen ter um filho de 12 anos e de não ser investigada por um crime violento.
“Apesar da gravidade dos fatos e dos indícios de autoria que pairam contra a indiciada, concluo, em observância ao Código de Processo Penal, que ela faz jus à prisão domiciliar”, diz a decisão.
Karen é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, líder do PCC que foi executado durante guerra interna da facção em 2018.
Ao ser presa em sua residência, ela foi encontrada com carro de luxo e mais de R$ 1 milhão, além de US$ 50 mil.
Segundo a Polícia Civil, a “Japa do PCC” atuava na lavagem de dinheiro da organização, em cidades como Santos, Cubatão e Guarujá, na Baixada Santista, e também na cidade de São Paulo.
“Os relatórios de informações financeiras obtidos pela Polícia Civil indicam que a suspeita movimentava milhões de reais da facção para ocultar a origem do dinheiro oriundo do tráfico de drogas”, disse o delegado-geral, Artur Dian.
Para a Polícia Civil, Karen afirmou desconhecer os trabalhos ilícitos do marido. E que nunca recebeu qualquer quantia financeira vinda de “Cabelo Duro”. Ela contou também que não conhece nenhum integrante de organização criminosa, inclusive do PCC.
(Com informações do Estadão Conteúdo) *Sob supervisão de André Rigue