Invisibilização da população LGBTQIA+ foi institucionalizada, diz secretária
À CNN Rádio, Symmy Larrat, que ocupa o posto de secretária nacional dos Direitos da População LGBTQIA+, disse que situação encontrada foi aterrorizante
Em entrevista à CNN Rádio, no CNN No Plural+, a secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+ Symmy Larrat, traçou um panorama do trabalho que ela começou a colocar em andamento.
O posto faz parte do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e é inédito: “Estamos chegando na mesa de tomada de decisão, para negociar com a heteronormatividade que comanda o país.”
Segundo ela, o momento é de montar a equipe e a estrutura física da secretaria.
Symmy destaca que “cada semana tem sido equivalente a um mês” de trabalho, com “levantamento e reconhecimento de campo.”
Ela conta que o relatório do grupo de transição de governo será aprofundado, mas que a situação encontrada “nos aterrorizou, com a invisibilidade da pauta.”
No último governo, na avaliação da secretária, “houve institucionalização da invisibilidade da população LGBTQIA+.”
“As políticas públicas dificultavam nosso acesso e nos perseguiam, como a questão do nome social no RG e diminuição da política nacional de saúde integral”, relatou.
Dessa forma, a secretária avalia que o momento é de “identificar onde tem política interrompida, para que seja retomada.”
Entre as medidas a serem adotadas, Symmy disse que a retomada do Conselho Nacional de Combate à Discriminação está entre as prioridades.
Além disso, está a criminalização da homotransfobia: “queremos conversar com o Ministério da Justiça para promover os regramentos necessários.”
Ela destacou que o orçamento deixado pelo governo anterior foi “impiedoso”, mas que “vamos construir caminhos para que tenhamos com nosso orçamento construir políticas públicas necessárias”.
*Com produção de Isabel Campos