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    Investigado por ameaçar e perseguir mulheres, ex-diretor da Polícia Civil do DF é aposentado

    Ministério Público abriu investigação após denúncia ser revelada pela CNN; deputados cobram rigor nas apurações

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    O ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal investigado por ameaçar e perseguir duas mulheres se aposentou. A dispensa do delegado Robson Cândido foi publicada no Diário Oficial do DF nesta terça-feira (17).

    A portaria cita uma decisão do Tribunal de Contas do DF (TCDF), onde consta que a aposentadoria de policiais civis é concedida por tempo de serviço prestado em “atividades exercidas sob condições especiais, nocivas à saúde ou à integridade física de servidor público, com conversão do tempo especial em tempo comum, tendo em vista recente decisão do Supremo Tribunal Federal – STF no julgamento do Tema 942, de Repercussão Geral.”

    Cândido pediu exoneração do mais alto posto da PCDF após virar alvo de investigação da Corregedoria por conta de duas denúncias de duas mulheres contra ele. As mulheres o acusaram, em boletins feitos na Delegacia da Mulher, de ameaças e perseguição, inclusive em locais de trabalho e na casa de uma delas.

    O caso foi revelado pela CNN em 4 de outubro. Após a divulgação, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios abriu investigação “uma vez que tais fatos em apuração foram praticados por policial civil no exercício ou em razão de suas funções.” Deputados da Câmara Legislativa do DF também cobram rigor nas apurações.

    A promotoria ainda avalia colher o depoimento do delegado. Delegados próximos ao então diretor-geral também podem ser ouvidos.

    Em nota a Polícia Civil afirma que, ao aposentar o delegado, a “instituição age em estrito cumprimento dos preceitos constitucionais e legais sobre o tema. Todos os procedimentos administrativos estão em andamento e correm sob o diligente controle externo do Ministério Público e do Tribunal de Contas, particularmente em relação ao procedimento administrativo de aponsentação.”

    A CNN procurou Robson Cândido para comentar o caso, mas ainda não teve retorno.

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