Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Inquérito sorológico: secretário diz que pais de alunos são avisados antes em SP

    Após desconfiança de pais que profissionais eram fraudes, Edson Aparecido afirma que funcionários da Prefeitura são identificados e deixam carta com informações

    Jéssica Otoboni, da CNN, em São Paulo

    O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, explicou à CNN nesta sexta-feira (4) como funciona a realização dos testes do inquérito sorológico que está em andamento na capital paulista.

    Questionado sobre a desconfiança de alguns pais de que as equipes da Prefeitura que vão às casas dos estudantes poderiam ser fraudes (falsos profissionais), ele afirmou que os “profissionais, que são treinados, vão à residência da criança, deixam uma carta para os pais, porque só coletamos os exames com autorização deles”.

    Ele detalhou que no documento constam o nome do profissional e o número da Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável para a família, se quiser, entrar em contato e confirmar as informações. A equipe retorna à residência no dia seguinte para realizar o teste.

    Assista e leia também:
    Prefeitura de SP aguarda testes em crianças para reabrir escolas, diz secretário
    SP: Sete em cada dez alunos da rede municipal com Covid-19 são assintomáticos
    Cidade de São Paulo vive indefinição sobre volta às aulas
    Como será a volta às aulas em São Paulo

    O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido
    O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido
    Foto: Reprodução – 04.set.2020 / CNN

    “Normalmente os profissionais entram na casa, com os pais acompanhando”, já que é um exame mais complexo do que o teste rápido, sendo necessário fazer a coleta na veia do aluno. “Precisa convencer a criança. É um trabalho minucioso”, afirmou Aparecido.

    Segundo o secretário, o grupo é formado por “profissionais treinados, capacitados, identificados com crachás da Prefeitura”.

    O inquérito sorológico está entrando na terceira fase, na qual vai testar para o novo coronavírus alunos da rede privada e de escolas estaduais do município.

    Os testes são feitos com crianças e adolescentes de 4 a 14 anos. Objetivo é testar cerca de 6 mil alunos da rede pública (municipal e estadual) e privada de ensino. O resultado vai definir quando as aulas presenciais serão retomadas em São Paulo.

    Dados das duas primeiras fases

    Aparecido também ressaltou a importância do inquérito sorológico. “É um levantamento muito importante para que a gente possa tomar decisões à luz das questões concretas, do resultado científico, da coleta de dados”, afirmou. “Para que a gente não fique apenas na decisão em cima de opiniões.”

    Sobre os dados obtidos nas duas primeiras etapas do inquérito, o secretário anunciou que 18% das crianças da rede pública municipal tiveram contato com Covid-19.

    Ao menos 70% delas eram assintomáticas, quase 30% moram com pessoas acima de 60 anos (grupo considerado de risco), e 40% vivem em residências com 4 ou 5 pessoas.