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    Inflação e baixo crescimento global alertam mercados; combustíveis são destaque no Brasil

    Choque dos preços das commodities, especialmente do petróleo, gera preocupação global sobre alta nos preços num cenário de baixo crescimento

    Thais Herédiada CNN , Em São Paulo

    Inflação alta e baixo crescimento. Esta combinação vai deixando de ser um cenário possível para ser altamente provável na economia global. Com diferentes tons de intensidade, a estagflação ronda desde que o pico da pandemia ficou para trás.

    O choque dos preços das commodities, especialmente do petróleo, impulsiona este cenário e coloca os bancos centrais sob atenção. Quem combater primeiro: a alta dos preços ou o baixo crescimento?

    Nas bolsas da Ásia, o temor do processo inflacionário mais forte e duradouro derrubou as bolsas.

    Mesmo entre países com diferentes graus de dependência do petróleo russo, o desequilíbrio entre oferta e demanda de energia ameaça a todos.

    Na Europa e nos Estados Unidos, o sinal se inverte e as bolsas estão operando no positivo contando, mesmo diante de mais um dia de alta nos preços do petróleo e de outras commodities.

    O barril tipo brent subia quase 3%, cotado a US$ 126. Em uma conta feita pelo banco nacional do Canadá, para a cotação do petróleo ultrapassar o recorde de 2008, ajustada pela inflação no período, o barril teria que chegar a US$ 170.

    O respeito aos corredores humanitários na Ucrânia e o fio de esperança para uma saída diplomática que evite a escalada dos conflitos embalam este início do dia.

    A produção industrial de janeiro na Alemanha ficou muito acima do esperado, em 2,7%, gerando percepção de que o país pode bancar a transição energética para reduzir dependência do gás russo.

    Brasil

    No Brasil, onde temos maior parque energético de fontes renováveis do mundo, a dependência do diesel para abastecimento e distribuição, abriu a porteira para medidas como congelamento de preços dos combustíveis, e/ou subsídios para bancar a diferença da cotação.

    A fórmula de preços da Petrobras também está na mira. Esse debate jogou as ações da companhia num abismo, com queda de mais de 7% na B3. Em dois dias, foram R$ 37 bilhões em perdas de valor de mercado, segundo a Economatica. O índice Ibovespa perdeu mais de 2,5%, caindo para os 111 mil pontos.

    A ideia de que o governo precisa agir para evitar o choque de preços com um repasse integral pela Petrobras faz sentido para muitos analistas, mas o investidor é mais resistente e castiga as ações.

    Se for uma política transparente, com tempo determinado, o mercado deve receber com menos desconfiança.

    Índices

    O Ibovespa futuro sobe 1,11% com 113.476 pontos. O dólar cai 0,18% sendo cotado aa R$ 5,07 e o S&P futuro sobe 0,73%.

    Agenda do Dia

    No Brasil, destaque para a discussão sobre os combustíveis. Para tratar o tema, estão previstas reuniões entre os ministérios e no Congresso Nacional, com participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

    O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) de fevereiro, da Fundação Getúlio Vargas, veio abaixo do esperado, com desaceleração com relação a janeiro.

    No exterior, o mercado de commodities, a divulgação de novas sanções e os estoques de petróleo são destaque dos Estados Unidos são os destaques.

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