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    Incêndio consome vegetação na Serra do Cipó, em Minas Gerais

    Parque Nacional foi fechado para garantir segurança dos visitantes; MG enfrenta período de seca

    Carolina FigueiredoDaniela Mallmannda CNN

    Um incêndio de grandes proporções, que teve início na madrugada do último domingo (18), já destruiu grande parte da vegetação da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, no interior do estado de Minas Gerais.

    Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), foram mobilizados 18 militares, cinco viaturas e uma equipe especializada em incêndios florestais para atuar no combate, que entrou no segundo dia nesta terça-feira (20). Veja imagens abaixo.

    Os agentes estão atuando em três pontos prioritários, onde pode haver risco do fogo de alastrar da vegetação para áreas residenciais. O foco principal são as imediações da comunidade de Serra Morena e Mãe D’ Água. A área atingida pelo fogo é de cerca de 478 hectares.

    Um posto de comando da operação foi montado na Prefeitura de Santana do Riacho. O combate às chamas conta também com apoio aéreo, e a captação de água para combater as chamas está sendo feita no Rio Cipó.

    De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), múltiplos focos de incêndio foram localizados próximos ao km 120 da rodovia MG-010 e se espalharam ao longo da Serra do Espinhaço, inclusive em unidades de conservação como a Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira.

    O Parque Nacional da Serra do Cipó, importante ponto turístico do estado, foi fechado nesta segunda-feira (19). De acordo com a administração do parque, as visitações foram suspensas em todas as portarias devido aos grandes focos de incêndios dentro e fora da unidade de conservação. Todos os colaboradores e voluntários estão ajudando no combate ao fogo.

    Segundo a Brigada Voluntária de Prevenção e Combate à Incêndios Florestais na Serra do Cipó, o incêndio foi provocado por ação humana.

    “A Serra do Cipó está sendo alvo de incêndios criminosos diariamente, estamos na estação seca e a mais crítica para que essas queimadas se propaguem destruindo o cerrado, as matas, os campos rupestres, a fauna e a flora da nossa região”, afirmam.

    Em nota à CNN, o ICMBio confirmou a ação humana no incêndio. “O período de estiagem é marcado pela prevalência de altas temperaturas e baixa umidade, que favorece a propagação das chamas. Portanto, o uso de fogo nesta época é proibido. Como não há ocorrência de fogo natural, o incêndio foi causado por ação humana”.

    A Polícia Civil de Minas Gerais já está investigando o caso.

    No início da manhã de hoje (20), o CBMMG realizou um sobrevoo de reconhecimento em toda região para que estratégias sejam traçadas e frentes de combate às linhas de fogo sejam montadas.

    Além dos militares do CBMG, a operação contra o fogo conta com 51 combatentes do ICMBio, dentre eles a brigada do NGI Cipó-Pedreira e brigadistas voluntários, apoiados por 2 aviões do tipo air-tractor e 1 helicóptero disponibilizados pela força-tarefa Previncêndio.

    A CNN entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente e aguarda retorno.

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