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    Incêndio atinge mais de 1500 hectares de Patrimônio Natural da Humanidade no Pantanal

    Fogo persiste por mais de cinco dias na Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul

    Catarina Nestlehnerda CNN , São Paulo

    Um incêndio florestal atinge a Serra do Amolar, região de Patrimônio Natural da Humanidade no Pantanal, desde o início da tarde do último sábado (27). Até o momento já foram queimados mais de 1500 hectares e mais de 10 focos já foram registrados.

    O Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul informou que uma guarnição está no local.

    Segundo a tenente-coronel Tatiane, que é diretora de proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, a região do combate é de difícil acesso. A equipe responsável que subiu o Rio Paraguai teve aproximadamente 5 horas de deslocamento até a Serra do Amolar.

    Uma característica da região é o solo de turfa onde o incêndio acaba ficando subterrâneo e não raro é necessário voltar a essas localidades para um novo combate.

    “A gente controla o incêndio, mas como ele fica em queima lenta no subsolo, quando aumenta a temperatura, que é a característica dos dias que a gente tem passado aqui em MS, e diminui a umidade relativa do ar, esse incêndio retorna”, afirmou a Tenente Coronel.

    Além da dificuldade em relação ao solo, outra característica é a geográfica de serra. “São várias horas de caminhadas das nossas guarnições com equipamentos para progredir poucos quilômetros”, completou a militar Tatiane.

    Esse incêndio já estava sendo monitorado pela Diretoria de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros e na evolução os bombeiros foram acionados. A corporação atua o ano inteiro no território e durante a época de estiagem esses números aumentam vertiginosamente, segundo a autoridade.

    O Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), que faz a gestão direta de parte do território, informou que um pequeno proprietário rural da região pode ter começado o fogo na tentativa de limpar o solo que estava no acesso para a propriedade.

    O homem foi informado sobre o início das chamas, após constatação do caso na central de monitoramento do Instituto Corumbá, região Oeste do Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar Ambiental também foi informada sobre o registro do início do incêndio para atuar na fiscalização.

    “As equipes de campo indicaram que a partir das 13h de hoje (31) mais focos de fumaça começaram a aparecer”, afirmou Rodolfo César, da assessoria do Instituto Homem Pantaneiro.

    A Marinha também está apoiando com helicóptero para levar uma equipe de brigadistas da Brigada Alto Pantanal garantindo proteção a sistemas de comunicação”, completou.

    Nesta segunda-feira (29) o fogo ganhou proporções maiores e em três dias mais de mil hectares já tinham sido atingidos pelo fogo, afirmou o Instituto. O combate está sendo feito pela Brigada Alto Pantanal, que é mantida pelo IHP.

    O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, lamentou a situação e disse que está mobilizando reforços para atuação. “Nós estamos mobilizando a Brigada Alto Pantanal com reforço de 14 homens. […] Subindo hoje também mais brigadas da SOS Pantanal e estamos pedindo apoio de reforço aéreo, já que as condições são muito diversas”.

    Além da equipe de brigadistas permanentes, outros seis, que têm experiência com o Prevfogo/Ibama, passaram a atuar a partir desta terça-feira (30).

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