Imagens de satélite mostram estragos do incêndio no Parque Nacional de Brasília
Fogo já destruiu mais de 3 mil hectares, segundo análise do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis)
Um satélite registrou o incêndio de grandes proporções que atinge Parque Nacional de Brasília, desde o último domingo (15). As imagens mostram o estrago por diversos ângulos diferentes. Uma análise do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) aponta que as chamas já consumiram 3 mil hectares do Parque.
O satélite Super Dove, da constelação PlanetScope, capturou o antes e depois da área destruída pelo fogo no Parque Nacional de Brasília (DF). Veja como era antes do incêndio.
Outra imagem registrou a situação atual do Parque Nacional, após início do incêndio. A imagem destaca a dimensão da destruição da cobertura florestal – em tons de cinza escuro, na imagem de satélite – após o incêndio florestal que começou por volta das 11h30 do domingo. Veja.
É possível ver em um recorte mais próximo, a parte da área consumida pelo incêndio. Veja:
Em outra imagem é possível ver uma uma densa e escura coluna de fumaça saindo do Parque. O fogo chegou perto do reservatório de Santa Maria, o segundo maior do Distrito Federal e que abastece o Plano Piloto, área central de Brasília. O reservatório integra o sistema que abastece cerca de 20% da população da capital do Brasil. Veja:
O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites calcula que o fogo atingiu uma área de cerca de 3 mil hectares do Parque. Para se ter dimensão, um hectare equivale a aproximadamente o tamanho de um campo de futebol profissional.
Brasília registra maior temperatura de 2024
Brasília (DF) registrou a maior temperatura de 2024, com 33,2°C, nesta segunda-feira (16), segundo o Climatempo.
A cidade enfrenta um longo período de seca, com 146 dias sem chuvas significativas. A última precipitação relevante, com mais de 10 mm, ocorreu entre os dias 21 e 22 de abril.
De acordo com o meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis, se não chover o suficiente na estação chuvosa de 2024-2025, no Distrito Federal, há razões para se preocupar.
“Este ano, já são 148 dias sem chuvas, uma seca parecida com a 1963 (quando houve registro de 163 dias sem chuvas). Nos últimos anos, extremos climáticos pioraram o sobe e desce do nível do reservatório de Santa Maria” afirma.