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    Ilhados pela pandemia, 3,7 mil brasileiros ainda aguardam repatriação

    Continente com maior número de casos é a Europa, onde 1614 brasileiros em 19 países procuraram o Itamaraty

    André Spigariol, de Brasília

    O Brasil tem 3.700 cidadãos ilhados no exterior que ainda aguardam a chance de voltar para casa em meio à pandemia do novo coronavírus. Em relação à semana passada, a fila de cidadãos aguardando uma operação de repatriação coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores caiu cerca de 12%, segundo apurou a CNN junto a fontes diplomáticas. Ao todo, mais de 17.700 brasileiros já foram repatriados. 

    O continente com maior número de casos é a Europa, onde 1614 brasileiros em 19 países procuraram o Itamaraty. Na América do Sul, 1144 cidadãos aguardam uma chance para voltar ao país, espalhados por quatro países. Na Ásia e na Oceania, há 681 nacionais em 14 países. No Oriente Médio, são 232 pessoas em 14 nações, enquanto que nas Américas Central e do Norte 90 brasileiros ainda esperam um voo de repatriação em três países. Por fim, 75 cidadãos aguardam o retorno em 20 países da África.

    Por meio de sua rede de embaixadas e consulados espalhados pelo mundo, o Itamaraty vem intermediando negociações com governos e companhias aéreas para viabilizar voos de retorno para o Brasil de brasileiros que foram surpreendidos pela pandemia e ficaram retidos no exterior por conta do fechamento de fronteiras e cancelamento de voos. De acordo com o chanceler Ernesto Araújo, esta é a maior crise consular da história do país. 

    Emergências

    A CNN ouviu brasileiros no exterior em situação crítica. Alguns relatam estar passando fome, outros não têm mais onde dormir, por conta da falta de dinheiro e do fechamento de hotéis. Há casos, ainda, de pessoas doentes e sem acesso a medicamentos. Apenas na Europa, fontes diplomáticas relatam que há cerca de 80 casos urgentes. 

    Também procuram o Itamaraty cidadãos que moravam no exterior e, por conta da pandemia, perderam seus empregos ou tiveram seus salários atrasados. Sem terem para onde ir, eles buscam o apoio de embaixadas e consulados para retornarem ao Brasil.

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