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    IBGE adia Censo de 2020 para 2021 por causa do novo coronavírus

    Orçamento de R$ 2.3 bilhões previsto para o levantamento será destinado ao Ministério da Saúde para o combate à COVID-19

     
    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira (17) que adiou para 2021 a realização do próximo Censo Demográfico, em razão da pandemia do novo coronavírus. O levantamento, que a cada dez anos mapeia a população brasileira a fim de basear políticas públicas nas mais diversas áreas, estava previsto para acontecer neste ano.

    “A decisão leva em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar e predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional”, afirmou o IBGE, em nota.

    Além da dificuldade prática com a pesquisa, o instituto afirmou que seria impossível realizar em tempo hábil os treinamentos necessários, que aconteceriam entre os meses de abril e julho. Para a realização do censo, o IBGE abriria mais de 200 mil vagas temporárias, com salários a partir de R$ 1.700.

    Com o adiamento do Censo, o processo seletivo está suspenso. De acordo com o instituto, aqueles que já efetuaram o pagamento da inscrição serão reembolsados. As orientações para o reembolso serão divulgadas nos próximos dias.

    Troca de verbas

    O IBGE informou que o orçamento que havia sido determinado para custear o levantamento será transferido para o Ministério da Saúde, para ser utilizado em ações de enfrentamento ao novo coronavírus.

    Segundo o instituto, será uma troca de verbas, com a pasta dirigida por Luiz Henrique Mandetta (DEM) se comprometendo a devolver o valor idêntico ao IBGE para ser utilizado no censo do ano que vem. A coleta de dados ficou marcada para o período entre 1º de agosto e 31 de outubro de 2021.

    PNAD Contínua

    O IBGE também decidiu suspender a coleta domiciliar presencial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A decisão foi tomada levando em consideração o quadro de emergência em saúde pública causado pelo novo coronavírus e as orientações do Ministério da Saúde.

    O instituto diz que estuda alternativas para que a pesquisa possa ser feita sem a realização de visitas domiciliares. O órgão destacou, no entanto, que os padrões de qualidades serão mantidos. “Toda e qualquer opção ou possibilidade será antes testada e validada para assegurar os padrões de qualidade e excelência do corpo técnico do IBGE, buscando preservar a série histórica dos dados”, apontou em nota.

    De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

    *Com Agência Brasil

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