Homem acusado de racismo contra delegado no DF usará tornozeleira eletrônica
Autor do ataque racista foi solto provisoriamente mediante pagamento de fiança e uso de tornozeleira eletrônica
Um homem acusado de racismo contra um delegado dentro de uma lanchonete em uma área nobre de Brasília enviou, por meio de seu advogado, um pedido de desculpas à vítima da agressão física e verbal. Mesmo assim, ele será obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa à noite e aos finais de semana.
“Peço perdão! O injustificável ato não é reflexo da educação, do amor e do respeito que recebi e que carrego como preceitos básicos”, escreveu Pedro Henrique Martins Mendes a Ricardo Viana, delegado da Polícia Civil. Endereçada “ao senhor Ricardo, à sua filha, aos familiares e a todos os seres humanos”, a mensagem diz ainda: “Solidarizo-me com a dor causada à todos e, mais uma vez, peço desculpas!”
À CNN, Ricardo Viana declarou, após ter recebido o pedido de desculpas, que não pretende responder e tem pela frente “uma grande caminhada processual”. Por fim, Viana afirmou: “vidas negras importam”.
Por decisão da Justiça, o agressor Pedro Henrique Mendes terá de usar tornozeleira eletrônica e não poderá sair do Distrito Federal por mais de 30 dias após ter a liberdade provisória concedida no último domingo (9) em virtude do estado de calamidade pública causado pela pandemia de Covid-19. Para ter direito ao benefício, no entanto, Pedro teve que pagar fiança no valor de três salários-mínimos.
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O autor do ataque motivado por racismo também fica obrigado, pela decisão da 8ª Vara Criminal de Brasília, a ficar em casa das 20h às 6h nos dias úteis e durante todo o dia aos finais de semana e feriados. A defesa de Pedro Henrique Mendes não quis se manifestar à CNN.
*colaborou o estagiário Marcos Amorozo