Haddad não deve ir a Fórum Econômico Mundial em Davos, dizem fontes
Ministro da Fazenda deve se concentrar na MP da reoneração e na agenda em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não deve participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de janeiro de 2024, segundo fontes do governo.
Haddad deve ficar no Brasil para se concentrar nos assuntos domésticos, sobretudo na Medida Provisória (MP) da reoneração. A decisão do ministro foi tomada por causa da agenda pesada em Brasília, que também inclui a regulamentação da Reforma Tributária, aprovada em dezembro.
O governo federal publicou no dia 29 de dezembro, último dia útil do ano, a MP que propõe a reoneração gradual da folha de pagamento de diferentes setores da economia, causando desconforto entre alas do Congresso e do setor produtivo.
O Congresso havia derrubado o veto do presidente Lula à desoneração da folha em 14 de dezembro. Portanto, após retornar das férias no dia 15 de janeiro, o ministro terá como foco a negociação com os parlamentares sobre o tema.
Além disso, na aprovação da Reforma Tributária, ficou definido que o governo teria até 180 dias para regulamentar pelo menos 71 temas do texto. O ministro da Fazenda deverá articular com o Congresso a regulamentação desses pontos que incluem não só a definição de alíquotas, mas também atividades que se enquadram em determinados regimes e quais produtos podem compor a cesta básica, que terá isenção de impostos.
Pelo segundo ano seguido, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin também não vão participar do evento nos Alpes Suíços, que reúne importantes expoentes do PIB global.
E ainda há dúvidas sobre a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A ministra participou do fórum econômico em 2023 e foi uma das autoridades de destaque do evento, que focou boa parte das discussões em temas ligados à sustentabilidade.