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    Haddad: gesto de Doria para Lula foi ato de civilidade, não político

    Em entrevista para a CNN, ex-prefeito de São Paulo criticou a condução da crise pelo governo federal e disse que Bolsonaro está sendo tutelado por militares

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista para a CNN, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) comentou a situação do Brasil diante da pandemia de coronavírus e falou sobre uma troca de elogios nas redes sociais entre Lula e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

    “Precisamos separar o que é civilidade do que é política, exige respeito e não que você entenda o outro como inimigo. Em um ambiente democrático, não basta dar voz, mas sim ouvir. Diante disso, o aceno de Doria a Lula foi gesto de civilidade”, declarou o ex-prefeito de São Paulo.

    Haddad aproveitou a fala sobre a concordância entre dois rivais ideológicos para criticar a maneira que o Bolsonaro faz política, dizendo que sua lógica contribuiu para um ambiente combativo. “Bolsonarismo introduziu a noção de tratar como inimigo quem pensa diferente. Neste momento não estamos tratando de ideologia, mas sim de interesse público”.

    Falta de coordenação

    Ainda sobre o governo Bolsonaro, o ex-ministro disse que a condução da crise está sendo marcada por “sinais trocados” e que o que acontece no Brasil “não tem precedente no mundo”.

    “Quem ocupa a presidência da República não demonstra capacidade de resolver qualquer questão. Ou ele delega ou entra em confronto com a equipe. Bolsonaro está sendo tutelado pelos militares. O que acontece na saúde acontece na economia, não há coordenação de como o País deve agir para melhorar a situação”.

    Papel da oposição

    Questionado sobre qual o papel que a oposição exerceu na crise até aqui, Haddad relembrou que o valor de R$ 600 do auxílio emergencial só foi atingido após insistência dos partidos antagônicos ao Bolsonaro. “A oposição atuou no Congresso contra o governo, que queria pagar apenas R$ 200 para as famílias”.

    Ele também citou os esforços dos partidos de oposição para manter a arrecadação dos estados com auxílio do Governo Federal. 

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