Gusttavo Lima nega participação em esquema de apostas ilegais; entenda o caso
Empresa do cantor teve bloqueio milionário decretado pela justiça, segundo reportagem
O cantor Gusttavo Lima se pronunciou, através de suas redes sociais, sobre os desdobramentos de uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, na manhã de quarta-feira (4), que acarretou bloqueio de ativos financeiros superiores a R$ 2 bilhões dos alvos da ação policial.
Documentos aos quais o programa Fantástico, da Rede Globo, teve acesso mostram que a Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões da empresa Balada Eventos e Produções LTDA, que pertence ao cantor. A reportagem mostrou documentos nas quais a Justiça determinou o sequestro de imóveis e de embarcações em nome da Balada Eventos.
Segundo as autoridades, a investigação iniciou em dezembro de 2022, após a apreensão de aproximadamente R$ 180 mil. Desde então, a operação vem ampliando o leque de informações e dados coletados, culminando nas ações da última quarta-feira.
Entenda o caso
Uma investigação para coibir crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, apreendeu um avião, que segundo registro na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), pertence a empresa de Gusttavo Lima.
Os documentos que a reportagem do Fantástico teve acesso, apontam que as investigações mostram uma relação direta entre a Balada Eventos com a JMJ – uma das empresas investigadas no esquema – que pertence ao empresário Rocha Neto, preso durante a operação. Foi uma das empresas de Rocha Neto que comprou o avião de Gusttavo Lima.
No centro das investigações, a casa de apostas Esporte da Sorte publicou um novo posicionamento sobre a Operação ‘Integration’, no domingo (8).
“A situação dos últimos dias deflagrada pela operação Integration presta um desserviço à nação e atenta contra o que deveria ser a sua finalidade: a verdade”, afirmou o diretor jurídico da companhia, Gabriel Oliveira.
O que diz o cantor
Em postagens feitas no Instagram, o cantor e sua defesa reiteram que o avião foi vendido em 2023 da Balada Eventos para a JMJ.
A defesa alega que o contrato foi devidamente cumprido e o recibo de transferência foi emitido na oportunidade da venda. Reforçam que houve “excesso da autoridade”, e que inserir a empresa de eventos como uma das investigadas é uma “loucura”. Veja.
Itens apreendidos pela operação
Segundo a polícia, 11 relógios da marca Rolex, joias e embarcações também estão entre os bens apreendidos. Um helicóptero, joias e vinhos avaliados em cerca de R$ 2 mil também foram localizados com os alvos.
Segundo os investigadores, a organização criminosa investigada teria movimentado R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais. A investigação teve apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.
Cerca de 170 agentes estão nas ruas das cidades de Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
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