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    Grupos neonazistas são alvos de operação em sete estados do país

    Ação da Polícia Civil e Ministério Público do Rio é contra disseminação de ódio a negros e judeus em redes sociais; foram expedidos quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão

    Alvos da Operação Bergon estão distribuídos entre Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
    Alvos da Operação Bergon estão distribuídos entre Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Polícia Civil

    Isabelle SalemeThayana Araújoda CNN

    no Rio de Janeiro

    Integrantes de grupos neonazistas são alvos de operação da Polícia Civil e Ministério Público do Rio, nesta quinta-feira (16), em sete estados do país.

    Foram expedidos quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão. Todas as quatro prisões já foram feitas.

    Os mandados estão distribuídos entre 15 alvos no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina.

    Há sete meses, a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), recebeu uma denúncia da atuação de uma associação criminosa voltada a prática de atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio de redes sociais.

    Em maio deste ano, durante as investigações, um homem foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus.

    Na época, a DCAV pediu a prisão temporária de 30 dias do suspeito.

    O delegado responsável pelo caso também solicitou a expedição do mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.

    A partir da análise do material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus.

    Segundo a polícia, foram encontrados diálogos ameaçadores e indícios de cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio.

    A “Operação Bergon” recebeu o nome em alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando serem capturadas pelos nazistas.