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    Greve: Metrô de SP volta a fechar; rodízio será suspenso na sexta (24)

    Repartições públicas, com exceção de serviços essenciais, terão ponto facultativo; sindicato diz que aceitou proposta do Ministério Público

    Evelyne LorenzettiLuana CataldiTiago Tortellada CNN , em São Paulo

    Quatro linhas do Metrô de São Paulo voltaram a ser fechadas na noite desta quinta-feira (23) devido à greve dos metroviários, apesar de uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinar que ao menos 60% da operação fosse mantida fora do horário de pico.

    As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão paralisadas. A estimativa é que mais de 3 milhões de pessoas tenham sido afetadas.

    As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, todas privatizadas, têm operação normal. As cinco linhas de trem da CPTM também continuaram com funcionamento normal.

    Entre as 17h e 20h, alguns trechos das linhas paralisadas voltaram a funcionar. Porém, a operação foi novamente suspensa.

    Entre as reivindicações dos grevistas estão o pagamento de abono e de participação nos resultados do metrô, além da contratação de mais pessoal. A concessionária diz, por sua vez, que o pagamento não seria possível, visto que a arrecadação diminuiu depois da pandemia.

    Foi realizada uma reunião entre o Ministério Público do Trabalho, Metrô e o sindicado dos metroviários, em que a categoria aceitou uma proposta do MPT, segundo informações do sindicato.

    O que teria sido proposto seria o pagamento de três parcelas no valor de R$ 2,5 mil. Cada uma corresponde à Participação nos Resultados que não teria sido paga nos anos de 2020, 2021 e 2022.

    Foi indicado que o sindicato espera uma resposta do Metrô até às 23h e, se for aceita a proposta, voltariam a trabalhar normalmente ainda hoje. Caso contrário, ainda será votada em assembleia a continuidade da greve.

    Mais cedo, a categoria pontuou que não aceitaria punição aos grevistas.

    Rodízio suspenso e ponto facultativo

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital nesta sexta-feira (24), com exceção de serviços essenciais como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana.

    O governo do estado de São Paulo também decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana nesta sexta-feira (24).

    Além disso, a Secretaria de Mobilidade e Trânsito informou que o rodízio municipal de veículos continuará suspenso durante toda a sexta.

    Decisão da Justiça e imbróglio

    Na decisão da Justiça nesta quinta-feira, 80% dos serviços deveriam ser mantidos nos horários de pico — das 6h00 às 9h00 e das 16h00 às 19h00.

    Nos demais horários, deveria haver ao menos 60% da operação. Caso essas medidas não fossem cumpridas, haverá multa diária de R$ 500 mil ao Sindicato dos Metroviários.

    Durante a manhã, o Metrô anunciou que as catracas seriam liberadas, com entrada gratuita, após um acordo com o Sindicato dos Metroviários. A proposta, no entanto, colocava como condição que 100% dos funcionários retornassem ao trabalho.

    O sindicato diz que o acordo não foi cumprido, enquanto o Metrô afirmou que os funcionários não voltaram totalmente aos postos de trabalho. A decisão do TRT-2 foi publicada após a troca de acusações.

    Na noite desta quinta, o sindicato reafirmou que, se aceita a medida da liberação das catracas, eles voltariam à operação normal.

    *com informações de Carolina Figueiredo e Marcelo Tuvuca, da CNN

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