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    Governo estadual nega que mudanças no Plano SP facilitem mudanças de fase

    Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, disse ter havido mal entendido

    Murillo Ferrari, , da CNN, em São Paulo

    O governo de São Paulo afirmou nesta terça-feira (28) que as mudanças nos critérios utilizados pelo Plano SP para definir a mudança de fase das regiões do estado não facilitam a progressão ou a liberação de mais atividades econômicas.

    Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, disse ter havido um mal entendido no anúncio das novas regras, o que gerou uma “sensação de liberação”.

    “Nenhum de nós vai colocar em risco o esforço feito até aqui. Custou muito caro para todos e vamos manter esse compromisso com a sociedade”, disse Ellen

    Ela explicou que quando o plano SP foi criado, o estado tinha cerca de 3,5 mil leitos de UTI disponíveis, dos quais 40% (cerca de 1,4 mil) deveriam estar livres para a progressão da fase amarela (3) para a verde (4), que diminui muitas das restrições em vigor.

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    “Hoje, temos 8.160 leitos disponíveis. A gente consegue fazer esse remanejo e manter a segurança para atendimento de Covid-19 porque 25% de leitos livres [como proposto na véspera] são 2.040 vagas”, afirmou. 

    “Ou seja, a segurança é até maior nesse momento e também garantimos que quem precisa de atendimento por outras doenças seja atendido.”

    Falando sobre essa questão, o coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, afirmou que a mudança no indicador de UTIs não coloca em risco o sistema de atendimento para pacientes com o novo coronavírus.

    “Esses leitos continuarão existindo e, caso seja necessário, poderemos recompor a quantidade necessária de leitos de UTI para Covid-19”, afirmou.

    Entenda as mudanças

    Na segunda-feira, o governo de SP anunciou a criação de uma “margem de segurança” nos índices considerados na avaliação para permitir o avanço ou regressão de fase das regiões.

    Dessa forma, o governo adicionou uma margem de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo em relação à capacidade do sistema hospitalar – composta pela média de ocupação de leitos de UTI e pela quantidades de leitos por 100 mil habitantes – e de 0,1 ponto percentual em indicadores com valor absoluto – como o número de casos, internações e óbitos nas últimos 7 dias.

    Governo de São Paulo criou 'margem de segurança' nos índices avaliados no Plano
    Governo de São Paulo criou ‘margem de segurança’ nos índices avaliados no Plano SP
    Foto: Reprodução/ Governo SP/ YouTube

    Na “recalibragem”, como as mudanças foram apresentadas pelo governo, regiões com taxa de ocupação abaixo dos 75% nos leitos de UTI para Covid-19 poderão passar para a fase verde (4), enquanto o índice previsto anteriormente era de 60%.

    Além disso, para passar para a fase verde os municípios deverão reduzir seus índices para 40 internações e 5 óbitos por 100 mil habitantes, e ficar pelos menos 4 semanas na fase amarela – duas exigências que foram adicionadas nesta revisão do Plano SP.

    Mudança da cidade de São Paulo

    O Plano São Paulo dividiu o estado em 22 regiões e sub-regiões, reunindo grupos de municípios sujeitos às mesmas regras. As fases de restrições e flexibilizações do funcionamento de serviços, comércios e atividades variadas são divididas em  vermelha (1), a mais grave, laranja (2), amarela (3), verde (4) e azul (5).

    A fase amarela (3), em que está a cidade de São Paulo, permite o funcionamento de bares, restaurantes e salões de beleza em horário parcial, além de ampliar a taxa de ocupação de espaços liberados pela fase laranja, como shoppings centers.

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    Em resposta a questionamento da CNN, o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, Paulo Menezes, afirmou que a capital paulista já completou as quatro semanas na fase amarela, mas precisa reduzir as internações e óbitos por 100 mil habitantes para poder progredir de fase.

    “Para poder prosseguir para o verde (4), o município de São Paulo precisa de uma redução aproximada de 50% no número de internações quando se leva em consideração esse indicador. A mesma coisa para os óbitos. Também tem que haver uma redução importante”, explicou.

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