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    Governo Doria negocia para aprovar ajuste fiscal e cogita manter Oncocentro

    O projeto de ajuste fiscal que prevê uma economia de R$ 10 bilhões está pronto para ser votado, mas antes disso acontecer deve ser alterado

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) Foto: Henrique Barreto - 26.mai.2020/Estadão Conteúdo

    Por Pedro Duran, da CNN Brasil em São Paulo

    Depois de sofrer mais uma derrota da oposição, articuladores do governo de João Doria (PSDB) passaram a admitir que do jeito que está, não fica. O projeto de ajuste fiscal que prevê uma economia de R$ 10 bilhões está pronto para ser votado, mas antes disso acontecer deve ser alterado.

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    A reportagem da CNN apurou que um dos pontos que pode acabar sendo retirado da proposta final é a privatização do Oncocentro, uma Fundação ligada à Faculdade de Medicina da USP que fabrica próteses e faz pesquisas que ajudam no combate ao câncer.

    A derrota sofrida foi mais um dia de adiamento da discussão sobre o projeto, o oitavo em que o governo trata do tema mas não põe em votação.

    Algumas das próteses feitas pelo Oncocentro
    Algumas das próteses feitas pelo Oncocentro
    Foto: Oncocentro/ Reprodução

    Desta vez, parlamentares do PT, PSB, PSOL, PSL, PC do B e Novo se juntaram contra a base de João Doria, do PSDB, e não assinaram a lista de presença, que acabou ficando com apenas 43 nomes, quando o mínimo necessário para começar a discussão era de 48 deputados, metade do parlamento estadual.

    Em entrevista à CNN, o líder do governo, deputado Carlão Pignatari (PSDB), antecipou os próximos passos da negociação.

    “Nós estamos tentando fazer alguns acordos ainda, porque eu posso suprimir qualquer texto do substitutivo. Eu não posso incluir nada, mas substituir eu posso. Isso eu ainda estou negociando com o governo”, disse ele. Sobre as mudanças em impostos, Carlão disse que ‘não devem mexer’ no que prevê o projeto de lei.

    “Nós já temos o compromisso de a cesta básica não ter aumento de preço, como a oposição já vem alardeando, e nem a cesta de medicamentos, também há um compromisso de não se mexer em nenhuma dessas alíquotas”, afirmou. Já sobre as empresas públicas, ele disse que “poderá ser” o ponto de mudança, sem detalhar o que será tirado do PL.