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    Presos fogem de unidade do regime semiaberto no litoral de SP

    Em entrevista exclusiva à CNN Brasil, governador João Doria afirmou que não há mortos nem feridos; de acordo com secretário, 82 detentos foram recapturados

    Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá (SP)
    Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá (SP) Foto: Dyego Gonçalves/Prefeitura de Mongaguá

    A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo confirmou que detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária de Mongaguá, no litoral sul do estado, na noite desta segunda-feira (16).

    O governo estadual não precisou quantos presos fugiram da unidade. Segundo o secretário Nivaldo Restivo, 82 detentos já foram recapturados. A razão para a rebelião foi a suspensão da saída temporária que estava prevista para amanhã, em virtude do novo coronavírus.

    Em nota, a secretaria também confirma “atos de insubordinação” em Tremembé, Mirandópolis e Porto Feliz. Em Mirandópolis, os internos chegaram a atear fogo aos seus pertences. De acordo com o comunicado, o Grupo de Intervenção Rápida está no local. Em todos os casos, a Secretaria de Administração Penitenciária diz estar “tomando as devidas providências para sanar o problema”.

    Em entrevista exclusiva à CNN Brasil, o governador João Doria (PSDB) afirmou que não há mortos nem feridos nos conflitos registrados. “Estamos administrando isso [a fuga] com o sistema penitenciário e com a Polícia Militar”, disse.

    Na nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Administração Penitenciária ponderou que as unidades do regime semiaberto não possuem vigilância armada e que essa prática condiz com a determinação da legislação brasileira.

    Saída temporária

    A suspensão da saída temporária, que abrangeria 34 mil detentos no estado, foi determinada pelo corregedor-geral de Justiça do estado, o desembargador Ricardo Anafe. O juiz atendeu ao pleito do governo estadual, que ponderou que os presos poderiam contrair o novo coronavírus enquanto estivessem em liberdade, disseminando a infecção dentro das unidades prisionais.

    “A medida foi necessária pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados”, disse a Secretaria de Administração Penitenciária, em nota.

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