Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Governador do Amazonas vai a Brasília negociar reforço de médicos e respiradores

    Wilson Lima se reúne com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; estado anunciou alerta roxo por conta da pandemia

    Wilson Lima (PSC), governador do Amazonas
    Wilson Lima (PSC), governador do Amazonas Foto: CNN Brasil (25.set.2020)

    Renata Agostinida CNN

    Com a disparada dos casos de Covid-19 no Amazonas, o governador Wilson Lima se reúne nesta quarta-feira (6) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello para negociar reforços ao sistema de saúde do Estado. O Amazonas anunciou “alerta roxo”, indicando risco alto de contaminação pela doença.

    À CNN, Lima disse que, com mais de 90% de ocupação na rede hospitalar, o estado precisa com urgência do envio de mais respiradores e médicos para dar conta do pico na demanda por leitos.

    Leia também:
    Manaus faz pedido emergencial para construção de 22 mil covas
    ‘Estamos colhendo frutos das festividades de fim de ano’, diz secretário do AM
    Manaus tem recorde de internações diárias por Covid-19 desde início da pandemia

    “Hospitais de campanha não me servem, porque demoram 45 dias para ficarem prontos. Não tenho esse tempo”, afirmou à coluna.

    Lima disse que a estratégia tem sido transformar espaços administrativos de hospitais e maternidades em leitos clínicos. “Tiramos tudo o que tem nas salas, como armários, cadeiras, documentos e colocamos num contêiner. Ali vira um leito. E aproveitamos a estrutura do hospital”.

    Segundo o governador, a expectativa é que sejam enviados ainda nesta semana ao Amazonas 78 ventiladores pulmonares pelo governo federal. Lima também negocia com Pazuello ajuda para aumentar o número de médicos, especialmente na capital. “Tenho leitos prontos, mas que carecem de mão de obra. Está faltando médico para atender todo mundo”.

    Vacinação

    Lima defende um cronograma de vacinação específico para o seu estado diante das dificuldades logísticas na região.

    Ele afirmou que pedirá a Pazuello um ajuste no plano nacional para que, especificamente no caso do Amazonas, a vacinação por grupos prioritários seja deixada de lado.

    Segundo o governador, há comunidades que só são acessíveis após mais de dez dias de barco. Enviar vacinas aos poucos para esses lugares dificultará o processo, argumenta o governador.

    “Vou receber 200 mil doses para os profissionais de saúde. Aí serão semanas de barco até ir e voltar. Em seguida, teremos de repetir o mesmo percurso para os idosos e por aí vai”, disse o governador.

    “Meu pleito é que recebamos de uma vez só ou pelo menos todas as doses necessárias para vacinar a população do interior. É uma realidade diferente da de São Paulo e de Minas Gerais, por exemplo. Não tenho como ficar fazendo todas essas viagens”, disse Lima.