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    GO: Suspeito de esconder câmera em banheiro de família diz que aguarda perícia em equipamentos

    Polícia apreendeu celulares e computadores do empresário para investigar o que era feito com as imagens captadas ilegalmente

    Francismar Fernandes da Silva é suspeito de ter instalado câmera escondida na casa de uma família em Goiás
    Francismar Fernandes da Silva é suspeito de ter instalado câmera escondida na casa de uma família em Goiás Reprodução/redes sociais

    Fábio Munhozda CNN

    Em São Paulo

    A defesa do homem apontado pela polícia como responsável por instalar uma câmera escondida no banheiro da casa de uma família em Goiás diz que irá aguardar o resultado da perícia nos equipamentos para se pronunciar.

    O empresário Francismar Fernandes da Silva, 36 anos, foi preso preventivamente na semana passada. Ele é proprietário de uma casa em Anápolis (GO), a cerca de 60 km de Goiânia, que estava alugada para uma família de cinco pessoas –incluindo crianças e adolescentes.

    Em fevereiro, uma jovem de 16 anos que morava no imóvel localizou uma câmera escondida instalada na tomada de um dos banheiros. O equipamento estava apontado para o boxe onde a família tomava banho. A polícia foi acionada e constatou que se tratava de uma filmadora.

    A delegada responsável pelas investigações, Aline Lopes, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Anápolis, afirmou que, após a prisão de Francismar, foram apreendidos dispositivos eletrônicos de propriedade dele, como celulares e computadores.

    Esses materiais passarão por perícia para que a polícia descubra o que era feito com as imagens captadas. Caso se comprove que os vídeos e fotos eram compartilhados, o empresário poderá ser indiciado por mais crimes.

    O escritório de advocacia Almeida, Postigo e Silva, que representa Francismar no caso, afirmou, por meio de nota, que aguarda a conclusão da perícia e a “disponibilização de todos os dados da investigação antes de fazer qualquer pronunciamento público”.

    “Portanto, para evitar análises precipitadas e incompletas, solicitamos a compreensão de todos os envolvidos e garantimos que, assim que todos os elementos necessários estiverem à disposição, faremos um comunicado oficial detalhando nossa posição e os próximos passos a serem seguidos”, acrescenta.

    A defesa do empresário diz ainda que considera que “a divulgação de informações incompletas ou equivocadas pode prejudicar o devido processo legal e influenciar de forma indevida a opinião pública”.

    Relembre o caso

    No início deste ano, a família se mudou para o imóvel alugado –de propriedade de Francismar. Segundo as investigações, cerca de quatro dias após a mudança, o proprietário pediu para ir ao local, alegando que precisaria verificar as câmeras de segurança da casa.

    Nesse dia, diz a delegada, Francismar disse que precisaria usar o banheiro. A moradora ofereceu a ele um banheiro em uma parte externa do imóvel. “Mas ele insistiu, falou: ‘Não, pode ser esse banheiro aqui mesmo’. Esse banheiro ficava no interior da casa, pois ele sabia que os moradores utilizariam aquele banheiro para tomar banho.”

    Fracismar teria permanecido no banheiro por cerca de dez minutos. “Nós acreditamos que foi nessa oportunidade, após a família já está morando naquela residência, que ele instalou essa câmera”, acrescenta Aline.

    Cerca de 15 dias depois, a câmera foi localizada pela adolescente de 16 anos, que, naquela ocasião, não havia ido à escola por ter se sentido mal. Pela manhã, foi acordada com o cachorro, que latia em direção ao banheiro. A menina abriu a porta e flagrou Francismar lá dentro.

    Ao ser questionado sobre o motivo da sua presença, ele teria demonstrado nervosismo. “Ele deu uma desculpa qualquer, disse que o sistema havia caído, e logo em seguida fugiu bem nervoso”, disse a delegada do caso.

    Assim que Francismar deixou o local, a garota notou que havia algo diferente na tomada. Mais tarde, quando os pais dela viram a tomada, descobriram que havia uma câmera posicionada na direção ao box onde a família tomava banho. A família acionou a polícia que, após perícia, confirmou que se tratava de um equipamento de filmagem.

    “A câmera transmitia as imagens captadas ali em tempo real. Também havia um cartão de memória. Nesse cartão de memória havia vários registros ao longo dos dias das pessoas que moravam naquela casa tomando banho e do próprio Francismar ajustando o ângulo da câmera.”

    “A Polícia Civil acredita que ele invadiu a residência nesse dia acreditando que não havia ninguém em casa, porque ele conhecia a rotina dessa família, e que ele teria ido até lá para ajustar o ângulo dessa câmera e conseguir captar melhor ainda as imagens”, complementa a delegada.

    Veja como era câmera escondida: