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    Fuzis e explosivos: o que sabemos sobre dia de mega-assaltos no interior de SP

    Uma agência bancária e três carros-fortes foram alvos de criminosos fortemente armados na região de Piracicaba

    Carolina Figueiredoda CNN , Em São Paulo

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    Com quadrilhas fortemente armadas, três cidades do interior de São Paulo viveram um dia marcado por mega-assaltos nesta segunda-feira (8). Em menos de 24 horas, bandidos explodiram e levaram R$ 200 mil de uma agência bancária de São Pedro e três carros-fortes foram atacados em rodovias de Cordeirópolis e Piracicaba, todas cidades localizadas na região metropolitana de Piracicaba.

    Após os ataques, duas pessoas foram presas e um suspeito morreu em confronto com agentes na madrugada de hoje (9). A Polícia Civil ainda investiga se os crimes foram realizados por uma mesma quadrilha.

    Segundo investigadores, os ataques teriam sido realizados por um mesmo grupo que realiza assaltos do estilo “novo cangaço” na região.

    Sequência de assaltos

    Ainda na madrugada de segunda-feira (9), a agência do Banco do Brasil em São Pedro foi assaltada por uma organização criminosa armada com fuzis e explosivos. Imagens mostram que parte do estabelecimento ficou destruído após a ação. Segundo a polícia, os bandidos conseguiram levar cerca de R$ 200.000,00. Houve troca de tiros entre os policiais militares e os assaltantes, mas ninguém foi preso. Também não houve feridos nessa ação.

    Enquanto a polícia realizava buscas para tentar identificar os assaltantes do banco, bandidos renderam dois carros-fortes da empresa Blue Angels na rodovia Washington Luís, na altura do município de Cordeirópolis. Assim como no assalto à agência, esse assalto também foi praticado por diversos homens fortemente armados e com o uso de bombas.

    Imagens das câmeras de segurança da rodovia registraram o momento que os homens retiram os malotes dos veículos. O valor roubado não foi informado pela polícia. Durante a ação, os ladrões abandonaram dois carros roubados e com sinais de identificação adulterados. Veja o vídeo abaixo.

    Na sequência, ainda durante a mobilização das forças policiais contra os assaltos, um novo ataque a um carro forte, da empresa Protege, foi realizado na Rodovia Luiz de Queiróz, na cidade de Piracicaba. Porém, o assalto foi frustrado pela reação dos vigilantes da empresa. Nesta ação, os bandidos também abandonaram outro veículo em chamas.

    Apreensão de arsenal e carros

    Após as ocorrências, policiais civis da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Piracicaba (DEIC) e militares do BAEP da mesma região intensificaram as buscas por toda a região metropolitana da cidade.

    Investigadores já haviam identificado dois carros que teriam sido utilizados pelos bandidos no assalto à agência do Banco do Brasil, além de levantarem que dois conhecidos assaltantes teriam participado da ação.

    Conforme os agentes, Anderson de Albuquerque Barros Pinheiro, conhecido como Cachorro, Diego Evangelista, conhecido como Gordão, e o ex-policial militar Ritchie de Souza Lima são investigados por roubos do mesmo estilo, o chamado novo cangaço, também na região de Piracicaba.

    Uma abordagem por uma equipe da Polícia Militar no pedágio da Rodovia dos Bandeirantes, na altura da cidade de Hortolândia, identificou um carro preto da marca Land Rover, que seria idêntico ao utilizado no roubo do Banco do Brasil. Quem dirigia o carro era um dos suspeitos já apontados pelos investigadores do Deic, o ex-PM Ritchie de Souza Lima.

    Dentro do carro foram apreendidos dispositivos conhecidos como “miguelitos”, utilizados pelos ladrões para furar pneus de carro. Em ações do novo cangaço, como a ocorrida em São Pedro, a quadrilha espalha os objetos para atrapalhar a chegada de carros da polícia aos locais do assalto.

    Segundo o registro da ocorrência, após a abordagem ao suspeito, policiais foram até um endereço indicado por ele como sendo sua casa, na cidade de Sumaré, também no interior. No local, policiais do BAEP de Campinas teriam entrado em confronto com um homem que não foi identificado. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

    Na casa foram apreendidos quatro fuzis calibres 5,56 e 7,62, farta quantidade de munições, coletes de proteção balística, rádios comunicadores, explosivos idênticos aos utilizados e apreendidos no roubo ao Banco do Brasil, um saco contendo mais de R$ 110 mil em cédulas de valores diversificados, toucas do tipo balaclava, máscara de gás e aparelhos celulares.

    Outro suspeito de participação no assalto ao banco, Társio Rodrigo da Silva, já era procurado pela Justiça e foi preso na região de Indaiatuba. Uma motocicleta roubada e com sinais identificadores adulterados foi apreendida com ele. Segundo fontes, o preso teve envolvimento no assalto à casa do prefeito de Indaiatuba.

    Outro carro utilizados no assalto ao Banco do Brasil foi apreendido na cidade de Analândia. De acordo com policiais envolvidos na ação, entre os carros roubados que foram apreendidos, um pertencia ao Delegado Da Cunha (Progressistas), deputado federal de São Paulo.

    Os dois homens localizados foram presos em flagrante e levados à sede do Deic de Piracicaba. A Polícia Civil informou que as investigações prosseguem para identificar os demais integrantes da organização criminosa e confirmar a possível vinculação entre todos os crimes de roubo a bancos e carros-fortes ocorridos na região nos últimos meses.

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