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    Funerárias preparam plano de emergência para lidar com alta de mortes da Covid

    Presidente da Associação de Empresas e Diretores do Setor Funerário alertou para risco de colapso nacional e pediu que as funerárias se preparem

    Leandro Resendeda CNN

    As funerárias de todo o Brasil foram orientadas a preparar um plano de emergência para lidar com os sucessivos recordes de mortes provocados pelo novo coronavírus em todo o país. O alerta foi emitido nesta quarta-feira (17) pelo presidente da Associação de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), Lourival Panhozzi, para todo o país.

    O comunicado pede que as funerárias se preparem aumentando os estoques de materiais como urnas funerárias, máscaras e luvas. Além disso, pede para que as empresas analisem as capacidades dos cemitérios para realização de muitos sepultamentos ao mesmo tempo. 

    “Algumas cidades precisarão levar corpos para outros cemitérios, de cidades vizinhas. Precisamos nos preparar, pedi esse estudo para o caso de o número de óbitos sair ainda mais do controle”, afirmou Panhozzi.

    Enterro de vítima da Covid-19 em cemitério de Manaus
    Associação prevê alta na demanda e prepara medidas para evitar colapso no sistema
    Foto: Bruno Kelly/Reuters (17.jan.2021)

    De acordo com o presidente da Associação de funerárias, os dados revelam que as cidades brasileiras têm registrado média entre 40 e 60% de óbitos por Covid-19. Ele afirma que há “grande pressão” sobre o sistema funerário, mas ainda não há colapso nacional. 

    “Vivemos um momento muito preocupante, pois são muitos óbitos ao mesmo tempo. De uma hora para outra, explodem as mortes nas cidades. Por isso precisamos deste plano de contingência”, afirmou.

    Ele alerta que há risco de que cenas com filas para enterros, como as registradas em Manaus no começo do ano, voltem a se repetir.

    “Em algum momento, se continuar crescendo o número de mortes, a bolha funerária do país todo irá estourar. Já pedi cancelamento de férias de todos do setor, remanejamos horários de trabalho para poder dar conta”, alertou.

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