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    Frente fria pode trazer chuva hoje para a cidade de SP, onde não chove há 49 dias

    Sistema Cantareira opera com 36,7% da capacidade, menor nível em sete anos para o mês de julho

    Rovena Rosa/Agência Brasil

    Carolina FigueiredoTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    Não chove há 49 dias na cidade de São Paulo. A última vez que houve precipitação na capital paulista foi em 10 de junho, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Porém, uma frente fria que terá início nesta sexta-feira (29) pode mudar este cenário.

    A falta de chuva, além de deixar o ar seco, aumentando o risco de problemas respiratórios e incômodo, fez com que reservatórios registrassem o menor nível para o mês de julho em anos.

    O sistema Cantareira, por exemplo, está com 36,7% da capacidade, menor marca em sete anos. O volume geral de todos os reservatórios que abastecem a região metropolitana está em 50%. A taxa é considerada aceitável, mas preocupante.

    A Prefeitura de São Paulo informou na quinta-feira (28) que essa é a quarta maior sequência de dias seguidos sem chuva desde 1995, quando teve início a medição dos índices pluviométricos pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE).

    O inverno teve início em 21 de junho e terminará em 22 de setembro. O acumulado desde o início de julho até esta quinta era de 0,6 mm.

    Segundo a Climatempo, o principal motivo para a falta de precipitação é um bloqueio atmosférico causado por uma grande massa de ar seco que se formou há algumas semanas.

    O Inmet também informou que este é o mês de julho mais quente em São Paulo desde o início da série histórica, em 1943.

    Porém, a frente fria que chega a São Paulo nesta sexta-feira deve derrubar as temperaturas e trazer precipitação novamente. A partir da tarde já são previstas pancadas de chuva, de acordo com a Climatempo.

    Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet do Distrito Federal, afirma que essa massa deve passar pela região sul e leste do estado de São Paulo, não influenciando outras regiões do país.

    Ele pontua que a queda da temperatura acontece a partir da tarde de sexta, mas deve ter curta duração, com a marcação nos termômetros começando a subir no domingo (31). As mínimas previstas para os próximos dias na capital paulista são 15°C (sexta-feira), 10°C (sábado), 9°C (domingo) e 11°C (segunda-feira), segundo o Inmet.

    Previsão de chuva

    Mamedes destaca que a chuva deve começar nesta sexta, “pegar boa parte do sábado” e diminuir no mesmo dia.

    Podem ocorrer algumas pancadas, principalmente no interior do estado hoje. O volume não deve ser suficiente para aumentar o nível dos reservatórios, mas ajuda a dispersar a poluição e melhorar a qualidade do ar.

    “Para o futuro, há uma perspectiva da chuva voltar com força por volta do dia 9 de agosto”, observa o meteorologista, acrescentando que um sistema mais intenso deve “empurrar” a massa de ar seco que está sobre o país.

    Maiores sequências de dias sem chuvas em SP*:

    • 1° – 2012 com 62 dias;
    • 2° – 2010 com 50 dias;
    • 3° – 2017 com 50 dias;
    • 4° – 2022 com 49 dias;
    • 5° – 2018 com 46 dias;
    • 6° – 2008 com 41 dias;

    Anos com os meses de julho mais secos*:

    • 2008 – 0,0 mm
    • 2017 – 0,3 mm
    • 2011 – 3,5 mm
    • 1997 – 4,8 mm
    • 1996 – 5,4 mm

    Anos com os meses de julho mais chuvosos*:

    • 2009 – 149,0 mm
    • 2007 – 130,4 mm
    • 2019 – 96,3 mm
    • 2010 – 81,4 mm
    • 2004 – 81,1 mm

    Anos em que ocorreram os invernos mais secos em SP*:

    • 2017 – 61,6 mm
    • 2003 – 62,6 mm
    • 2011 – 66,9 mm

    *dados do CGE/Prefeitura de São Paulo