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    Frente fria afasta carioca da praia e evita aglomeração no Rio

    Cenário é um alívio para as autoridades, que recomendam que aglomerações na areia sejam evitadas

    Isabelle Resende, Isabelle Saleme e Pauline Almeida, do Rio de Janeiro

    A passagem de uma frente fria pelo oceano deixa o tempo instável no Rio de Janeiro, neste sábado (5). O dia nublado contribuiu para uma baixa movimentação pela manhã na praia de Copacabana. O cenário é um alívio para as autoridades, que recomendam que aglomerações na areia sejam evitadas. 

    Os frequentadores dos calçadões de Ipanema e Leblon vão ser abordados para reforçar as regras de prevenção da Covid-19, como o uso da máscara, a higienização frequente das mãos e a necessidade de manter o distanciamento social e evitar aglomerações. Haverá também a distribuição de máscaras e álcool em gel.

    A iniciativa é da concessionária Orla Rio, que administra 309 quiosques localizados do Leme ao Pontal. Os mutirões serão realizados até no domingo, justamente por causa do aumento de casos de novo coronavírus no estado.

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    A prefeitura do Rio anunciou essa semana, em conjunto com o governo do estado, algumas medidas para tentar conter o avanço da doença. Shoppings e centros comerciais serão autorizados a ficar abertos de madrugada, para evitar aglomeração nos transportes durante compras de natal. Na capital, as aulas presenciais nas escolas públicas municipais estão suspensas a partir de segunda-feira (7). As cirurgias eletivas de baixa complexidade serão suspensas nos hospitais da rede municipal.

    A prefeitura e o governo do estado prometem aumentar a fiscalização para impedir aglomerações e pedem para que a população colabore. O uso de máscaras segue obrigatório, e essencial, assim como a higienização constante das mãos. O apelo é para que as pessoas evitem locais com grande concentração de gente, como as praias. 

    “Estamos recomendando às pessoas não irem às praias, principalmente aquelas que são idosas ou têm comorbidades, ou que convivam com elas em casa. Não compareçam a ambientes em que pessoas fiquem sem máscara, como praias e bares, onde as pessoas estão bebendo. Há dificuldade de tomar medidas restritivas, porque as pessoas não adotam. Tem certas coisas que quando proibidas, as pessoas fazem mais. Proibir a praia parece que despertava nas pessoas o desejo de ir à praia. Estamos dentro das normas técnicas e do bom senso, esperando a vacina”, disse o prefeito Marcelo Crivella.

    Aumento de casos

    Em 24 horas, foram registrados 2.456 novos casos da Covid-19 no estado do Rio, segundo o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde. Na capital, que tem o maior número de casos da doença, foram contabilizados, em apenas um dia, 961 novos registros. No total, o estado soma 23.017 mortos em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

    O Rio de Janeiro registra, há seis semanas consecutivas, alta na ocupação de leitos de UTI na rede SUS para pacientes com o novo coronavírus: 91% dos leitos de UTI destinados ao tratamento da doença estão cheios. Os de enfermaria estão 84% ocupados. A rede SUS na cidade tem 1.366 pessoas internadas em leitos especializados, sendo 564 em UTI. 

    Já o governo do estado anunciou a abertura de mais 386 leitos, sendo 314 de UTI. Também começou, na última sexta-feira (4) uma testagem em massa. No entanto, no primeiro dia, a movimentação de pacientes foi modesta: apenas 359 fizeram os exames. A capacidade diária divulgada era de 1.500 em três pontos. O motivo alegado pela Secretaria Estadual de Saúde foi a dificuldade com o aplicativo que viabiliza as marcações. 

    Essa semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta sobre a situação de descontrole da doença no Rio. Dados do portal Monitora-Covid revelam que o Rio de Janeiro atingiu a maior taxa de mortalidade por coronavírus no Brasil desde o começo da pandemia: 131,08 óbitos a cada 100 mil habitantes, taxa 43% maior que a do estado de São Paulo. Os dois estados estão acima da média nacional (80 mortes por 100 mil). Há ainda um outro alerta, para o caso da capital: a alta taxa de letalidade, que é a chance de alguém morrer quando contrai o novo coronavírus. No Rio, esse risco é de 10%. A média nacional é de 2%. 

     

     

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