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    Fogo no Parque Nacional de Brasília atinge área igual a 5.000 campos de futebol

    Cidade estava sem chuvas havia 132 dias; maior estiagem dos últimos 52 anos

    Gabrielle VarelaVianey Bentesda CNN

    Bombeiros e brigadistas se desdobram para combater o fogo que voltou ao Parque Nacional de Brasília, nesta sexta-feira (16), e já atinge 5 mil hectares equivalente a pelo menos 5.000  campos de futebol, de acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação e Meio Ambiente (ICmbio).

    A Floresta Nacional também tem registros de focos de incêndio, mas sob controle. Brasília estava sem chuvas havia 132 dias, foi a maior estiagem dos últimos 52 anos. Na tarde desta sexta-feira, regiões da cidade registraram pancadas de chuva.

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou a menor umidade e recorde de calor na última quarta (14), dia em que iniciou mais um grande foco de incêndio no Parque Nacional de Brasília, alcançando comprometimento de quase 15% da área de floresta.

    Neste dia, os termômetros oficiais registraram 35,2ºC, na hora mais quente do dia. A umidade relativa do ar ficou abaixo de 11%, muito semelhante ao clima de deserto do Saara, o que favorece as queimadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o ideal é 60% de umidade.

    O novo incêndio registrado no Parque está na parte norte, entre os córregos Três Barras e o Milho Cozido. Havia duas linhas de incêndio severo, denominadas de sul e norte: Na linha sul, o incêndio já foi controlado e está próximo de extinção; já na linha norte, foram acionadas mais duas aeronaves. A expectativa é que o fogo seja debelado nos próximos dois dias.

    Nesta ação, há combate aéreo e terrestre, com cinco aeronaves, 25 viaturas e cinco caminhões-pipa, além de 30 brigadistas. Nesta sexta (16), o ICMBio começou a operar com um helicóptero.

    Já na Floresta Nacional de Brasília foram detectados dois focos de incêndio, já controlados: Um deles está localizado ao centro da Floresta Nacional e o outro, próximo ao Córrego Currais, no sul da UC, perto da BR 070.

    Quinze brigadistas, sendo dez do ICMBio e cinco do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) estão no combate às chamas.

    Além deles, o evento conta com o apoio da Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal e do serviço de inteligência do Corpo de Bombeiros.

    O incêndio está controlado e os brigadistas seguem em vigilância para evitar novas ignições. A área atingida pelo incêndio é estimada em 88,6 hectares.

    Moradores encontraram dois filhotes de cachorros de mato e foram encaminhados para o Hospital Veterinário da Universidade de Brasília. Mas segundo o Instituto, os animais do Cerrado conseguem se adaptar ao clima e refugiar dessas queimadas quando aproximam do habitat deles.

    Além disso, a partir do acionamento do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PPCIF), a ação conta com a soma de esforços e o apoio de 50 servidores e colaboradores do ICMBio, 100 combatentes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e 21 servidores do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

    Equipes de fiscalização do ICMBio, do Grupamento de Operações no Cerrado do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (GOC/BPMA/PMDF) e viaturas do CBMDF seguem em monitoramento na Unidade de Conservação Federal para evitar novos focos de incêndios.

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