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    Filial brasileira da AstraZeneca nega que venderá vacinas ao setor privado

    Governo fez 3 exigências ao setor privado: aprovação pela Anvisa, doação de metade das doses e utilização do restante de graça apenas nos trabalhadores

    Vacina Oxford/AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz
    Vacina Oxford/AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo

    Raquel Landimda CNN

     

    A filial brasileira da farmacêutica Astrazeneca negou em nota divulgada nesta terça-feira que pretenda vender vacinas contra o coronavírus para o setor privado.

    O posicionamento ocorre após vir a público a negociação por um grupo de empresas privadas brasileiras de um lote de 33 milhões da vacina Astrazeneca/Oxford.

    “No momento todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, diz a farmacêutica.

     

    Segundo um empresário envolvido, as tratativas continuam apesar da negativa da Astrazeneca. Ele diz que as conversas estão sendo feitas diretamente com os acionistas da farmacêutica em Londres. O fundo BlackRock negou que esteja envolvido.

    Três fontes que participaram de uma reunião ontem à noite disseram que as doses foram oferecidas ao setor privado por um preço bem mais alto, US$ 23,75, enquanto o governo brasileiro pagou pouco mais de US$ 5 pela encomenda já feita.

    Em entrevista exclusiva à CNN, o presidente Jair Bolsonaro disse que apoia a iniciativa do setor privado de comprar vacinas. “Desde o ano passado, nós abrimos negociação para compra de vacinas. Diferente do que estão falando por aí, o governo continua estimulando essa negociação com os empresários. Nós demos o sinal verde para eles lá atrás”, destacou.

    Pessoas envolvidas dizem que o governo fez três exigências para a compra de vacinas pelo setor privado: aprovação pela Anvisa, doação de pelo menos metade das doses e utilização do restante de graça apenas nos trabalhadores das empresas.