Filho participa da morte da mãe e padrasto por dinheiro, segundo polícia
O caso ocorreu em janeiro e, segundo a polícia, Daniel Cantarani Sorrentino, de 36 anos, encomendou e participou da morte da mãe e do padrasto por questões financeiras e por liberdade
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato, do casal encontrado morto com sinais de espancamento, em uma casa em Araçatuba (SP). O caso ocorreu em janeiro e, segundo a polícia, Daniel Cantarani Sorrentino, 36 anos, encomendou e participou da morte da mãe e do padrasto por questões financeiras e por liberdade.
Magali Cantarani Luz, 61 anos, e o companheiro, Lourival Aparecido Poletti, 56, foram mortos com golpes de cabo de machado, na casa onde moravam, no interior de São Paulo. O corpo dela foi encontrado caído na garagem e o de Lourival, dentro do porta-malas do carro, também na garagem.
Segundo a Polícia Civil, eles tinha planejado ocultar os corpos, mas conseguiram apenas colocar o padrasto dentro do porta-malas e por conta disso, ele teria tentado criar um álibi, mas sem sucesso.
O delegado responsável pela investigação, José Abonizio, informou que apesar de o caso já estar com o Ministério Público, a polícia ainda aguarda documentos, como a verificação se havia algum seguro de vida em nome do casal. Porém, Lourival tinha um seguro em seu nome.
Ainda de acordo com o delegado, a investigação recuperou conversas nos celulares dos executores, e verificou que desde fevereiro do ano passado. Daniel, planejava a morte da mãe e do padrasto.
Segundo a investigação da polícia, uma das tentativas, foi por meio de trabalhos espirituais. Daniel teria recebido orientação de um conselheiro espiritual, através de aplicativo de conversas online. Ele chegou a promover rituais, como ficar nú em um cemitério. Em conversas trocadas, o conselheiro ainda pergunta se quer que eles sintam dor ou não na hora da morte.
Como Daniel não conseguiu concretizar o plano de matar a mãe e o padrasto por meio dos trabalhos espirituais, ele contratou outros dois homens para fazer a execução. Foi solicitado 40 mil reais para realizar o crime. Segundo o inquérito, Daniel transferiu R$ 15 mil, porém, após receber o dinheiro, os contratados teriam desistido. Essa dupla foi ouvida e confirmou ter recebido dinheiro para matar o casal.
Após as outras tentativas. O filho teria arquitetado o crime com Renato Balbino de Souza, 37, acusado de executar os crimes, e Helenice Nascimento Alves, 40, acusada de ser mentora intelectual e ter fornecido medicamentos para dopar as vítimas, a cometerem o crime, mediante a possibilidade de ganharem dinheiro.
Segundo o inquérito, Renato teria recebido R$ 700 e teria falado para Helenice, que Daniel e ele ficariam ricos e ela receberia: “Dinheirinho bom…”
Entramos em contato com o MP e com advogado de Daniel, porém até o fechamento da matéria não tivemos retorno.