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    Filho confessa a polícia que planejou a morte dos pais há dois meses

    O pai morreu e a mãe segue internada e em recuperação em um hospital da cidade.

    Divulgação: Polícia Civil de Santa Catarina

    Dayres Vitoriada CNN*

    São Paulo

    Um homem de 18 anos foi preso após planejar e executar a morte dos próprios pais na última quinta-feira (1), em Indaial, Santa Catarina. Após a prisão, o filho confessou às autoridades a autoria do crime e que já planejava o assassinato há cerca de dois meses. Segundo ele, a motivação principal se deve a um ódio que ele nutria pelos pais por questões de convivência do dia a dia.

    O filho e um amigo, invadiram o quarto dos pais enquanto eles dormiam e tentou matá-los a facadas. O pai não sobreviveu ao ataque, já a mãe do rapaz segue internada e em recuperação em um hospital da cidade.

    O rapaz, que é filho único, trabalhava na empresa do pai, uma pequena metalúrgica. À polícia, o filho alegou que sentia que os pais o enxergavam apenas como um mero funcionário da empresa. A situação teria sido o suficiente para planejar e tomar a decisão de tentar matar os próprios país.

    Após as investigações da polícia, o filho e o amigo foram presos e encaminhados ao presídio.

    Execução do crime:

    A polícia verificou as câmeras de segurança da casa das vítimas para desvendar a autoria do crime. Segundo as imagens, o filho deixa a residência por volta das 22h50 da segunda-feira (29), de maneira desconfiada e considerada pelas autoridades “muito sorrateira”. Neste mesmo horário, os pais do jovem já estavam descansando.

    Ao deixar a residência dos pais, o rapaz vai até a casa do amigo, que agiu na execução do crime. Lá, ele troca de roupa e ambos vão até a casa. Segundo o delegado responsável pela investigação, Filipe Martins, o filho deixou a janela do quarto aberta, pois sabia que era um ponto cego, sem câmeras.

    Durante o percurso que fez até a casa, o filho perdeu a arma que seria utilizada no crime. Então ao entrar na casa, ele vai até a cozinha, com uma camisa cobrindo o rosto, pegar uma arma branca, “ele confirma em interrogatório que é ele nas imagens, indo pegar uma faca na cozinha da casa dele”, afirma o delegado.

    O crime aconteceu por volta da meia-noite. O plano inicial era que ele matasse o pai e o amigo matasse a mãe dele, tudo enquanto estivessem dormindo, porém o pai acaba ouvindo um barulho e sai do quarto.

    Ao deixar o dormitório, o pai é golpeado no pescoço várias vezes pelo amigo do filho. Os dois então entram em luta corporal.

    Com a confusão, a mãe também acorda e vai para cima do outro rapaz que vê, o próprio filho que ela não reconheceu devido ao rosto encoberto do jovem. O filho então golpeia a própria mãe, sete vezes, na região do tórax.

    Depois de matar o empresário, o amigo do filho parte para cima da mãe dele e também desfere golpes contra ela, agora na região das costas.

    Acreditando que tanto o pai como a mãe já estavam mortos após as facadas recebidas, o filho foge da residência com o amigo. Pouco tempo depois, o filho retorna para a casa, com a mesma roupa que saiu da residência às 22h50, com o intuito de não levantar suspeitas da polícia.

    Já de volta a residência dos pais, ele se depara com as autoridades já no local e finge não saber o que aconteceu na casa.

    Investigações:

    Após ter acesso às imagens das câmeras de segurança da casa, a polícia teve a confirmação de que realmente quem praticou o crime tinha pleno conhecimento de todo o layout da residência.

    Na casa havia quatro câmeras, tanto interna quanto externamente. No momento exato em que o crime foi executado, os suspeitos não foram vistos em nenhum ponto das câmeras, o que mostrou às autoridades que eles sabiam exatamente onde estavam localizadas as câmeras.

    Ao interrogarem o filho do casal, os agentes notaram várias contradições na versão dada por ele. Em um primeiro momento, o jovem garantiu que na hora do crime estava na casa de um amigo. Quando a polícia foi checar a versão dada e os possíveis álibis do rapaz, as versões não batiam, o que aumentou a desconfiança da polícia contra ele.

    Devido a pressão, o amigo que ajudou no crime acabou confessando à polícia que recebeu uma proposta de R$50 mil do filho do casal, mais um carro dos pais dele, que seria dado caso ele aceitasse participar do crime. Uma outra testemunha, a namorada do amigo filho do casal, confirmou a existência da proposta.

    A polícia segue com as investigações para total esclarecimento do caso.

    Sob supervisão de Bianca Camargo 

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