Fernando Molica: Decisão de cancelar Réveillon é uma pena, mas escolha prudente
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (3), o comentarista Fernando Molica analisa prós e contras do cancelamento das festividades de Ano Novo pelo Brasil
No Liberdade de Opinião desta sexta-feira (3), Fernando Molica analisa as decisões de governos estaduais e prefeituras de cancelar as festividades do Réveillon deste ano, em meio ao surgimento da variante Ômicron da Covid-19.
O comentarista lamenta o cancelamento das festas, mas entende que é a decisão mais prudente a ser tomada. “É uma pena, mas são decisões prudentes. Em relação ao Réveillon e em relação ao Carnaval vale o que já valia lá atrás, a prioridade é a vida”, disse.
Para Molica, a nova variante ainda é uma incógnita, o que aumenta o risco da realização de eventos que promovam aglomerações, apesar das consequências econômicas.
“O surgimento dessa nova cepa aumenta o grau de preocupação. Esses eventos podem gerar um novo repique da pandemia, não temos noção do grau de transmissibilidade e gravidade dessa variante, não sabemos qual grau de efetividade das vacinas, há muitas interrogações, e nessa hora a prudência é sempre bom. A gente lamenta, há consequências para as festas e há consequências econômicas muito graves, mas vale a prudência.”
Molica também fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez comentários contrários à realização das festividades do Carnaval.
“Bolsonaro voltou a questionar vacinas, mas sempre foi contra de redução de atividade econômica. Fez aglomerações, motociatas, comícios, sempre estimulou isso. Disse que o controle da pandemia devia ser ao lado do movimento econômico, e essas festas movimentam muito a economia… pode isso, mas não pode aquilo”, opinou.
“As regras tem que ser de priorização da saúde. O presidente sempre precisa de um antagonismo. Quando ele fala contra o Carnaval, está acenando para o eleitorado conservador, para os evangélicos, está trabalhando esse aspecto moral.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.