Feirantes mudam hábitos para enfrentar o novo coronavírus
Prefeitura determina distância mínima entre barracas, proíbe consumo de comida e bebida nos locais e recomenda que alimentos sejam embalados
As feiras livres de São Paulo também sofrem alterações durante a quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus, com medidas decretas pela prefeitura por meio do Departamento de Abastecimento.
São três mudanças principais: distância mínima de um metro entre as barracas, proibição do consumo de bebidas e comidas no local e recomendação de que os alimentos estejam embalados.
Segundo os feirantes da Alameda Fernão Cardim, na região da Avenida Paulista, nenhuma orientação foi passada. O uso do álcool em gel e o distanciamento entre os clientes foram iniciativas deles, que estão atentos às notícias.
Para o feirante Rui Dias, o movimento ainda é considerado normal. “Aqui é sempre calmo, nunca tem muita gente junto. Eles vão vindo aos poucos”.
A orientação para os clientes é redobrar a atenção com a higienização dos alimentos. A reportagem conversou com o infectologista Marcelo Otsuka, da Sociedade Brasileira de Infectologia. O médico diz que “qualquer produto in natura pode conter o vírus, mesmo não sabendo se esse vírus, apesar de ativo, tem capacidade infectante”.
Para lavar frutas, legumes e verduras ele recomenda o uso de hipoclorito de sódio.