‘Fechamento de hospitais de campanha garante economia ao Rio’, diz secretário
Após a Justiça determinar a manutenção do funcionamento das unidades, Alex Bousquet diz que governo do RJ mostrará dado técnico que ampara pedido de fechamento
O governo do Rio de Janeiro trava uma batalha para fechar cinco hospitais de campanha. A Secretaria Estadual da Saúde quer desmontar as estruturas, mas a Justiça decidiu pela continuidade do funcionamento.
Em entrevista à CNN, na manhã desta quinta-feira (6), Alex Bousquet, secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, afirmou que a pasta mostrará, de maneira técnica, que estas unidades devem ser fechadas. Segundo ele, os hospitais de campanha custam ao Estado e a verba precisa ser destinada para outros projetos.
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“Nós tomamos decisões baseadas em critérios epidemiológicos, em estatísticas de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria. A partir disso, tecnicamente, nós vamos tentar convencer a Justiça de que é possível fazer este fechamento. Hoje, temos uma fila dinâmica de Covid-19, que gira em torno de 50 pacientes e temos mais de 900 leitos disponíveis na nossa rede própria. Esta fila só existe pois há um fluxo constante de entrada e saída de pacientes”, disse.
E acrescentou: “Estamos cumprindo todas as ordens judiciais, mas tecnicamente, tentaremos convencê-los de que é possível fazer a desmobilização destes hospitais com segurança. Essa ação vai garantir economicidade ao Estado porque hoje estes hospitais nos custam. Precisamos interromper este gasto e direcionar toda a verba da saúde à programas específicos”, completa.
Bousquet também avaliou as frequentes fraudes encontradas em gestões da saúde no país. Segundo ele, o ‘assédio’ feito por quadrilhas se intensificou durante a pandemia da Covid-19.
“Nós observamos isso no país inteiro. Durante a pandemia, nós fomos em todo o país assediados por quadrilhas que se aproveitaram desta situação. Comprávamos materiais, equipamentos e insumos por preços muito menores do que conseguimos comprar durante a pandemia. As investigações devem ser rigorosas e, no mínimo, bilaterais. É necessário investigar os agentes públicos responsáveis e as empresas que também se aproveitou desta situação de calamidade”, finaliza.
(Edição: André Rigue)