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    Farmacêutica vai priorizar o SUS e vacina contra dengue não será mais vendida para rede particular

    Takeda divulgou nota informando que atenderá o Ministério da Saúde de forma prioritária

    Carolina Figueiredoda CNN

    A farmacêutica japonesa Takeda divulgou, na noite desta segunda-feira (5), uma nota informando que não firmará novos contratos com clínicas privadas e nem com estados e municípios para vender vacinas da dengue. A empresa afirmou que, devido aos dados alarmantes da doença no Brasil, está concentrada em atender de forma prioritária o Ministério da Saúde.

    “Essa decisão planeja apoiar o Ministério da Saúde no seu propósito de promover o acesso da vacina contra a dengue de forma integral e gratuita para a população brasileira”, diz a nota.

    A vacina Qdenga começará a ser distribuída ao Sistema Único de Saúde (SUS) nesta semana, segundo o Ministério da Saúde. Os 521 municípios que receberem as doses deverão organizar o cronograma de imunização. Como não há doses suficientes para todo o país, os municípios escolhidos foram aqueles que compõem 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença.

    O público que receberá a vacina será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    A Takeda explicou que vai cumprir os contratos já firmados e garantiu a entrega das doses necessárias para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal — conforme a necessidade da aplicação de duas dose com intervalo de três meses — mas novos contratos não serão fechados.

    A farmacêutica disse ainda que está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, e que voltou todos seus esforços para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI).

    Serão entregues 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e há previsão da entrega de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025. “Estamos buscando todas as soluções possíveis para aumentar o número de doses disponíveis no país, e não mediremos esforços para isso”, afirma a Takeda.

    Segundo a empresa, um plano estratégico para incrementar o fornecimento global da vacina foi montado. A meta é chegar a 100 milhões de doses anuais até 2030, incluindo a inauguração de um novo centro global dedicado à produção de vacinas, em Singen, na Alemanha, previsto para ficar pronto em 2025.

    A sede da Takeda no Brasil também está buscando parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina.

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