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    Família se recusa a enterrar corpo de traficante encontrado morto em TO; TJ diz que há indício de homicídio

    Charada é apontado como o principal articulador dos crimes cometidos durante os primeiros meses deste ano na capital de Tocantins

    Carro do IML transporta corpo de Dad Charada após velório em TO
    Carro do IML transporta corpo de Dad Charada após velório em TO Divulgação

    Renato Pereirada CNN

    São Paulo

    A família de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido Dad Charada, se recusou a sepultar o corpo dele sem o exame necroscópico do IML (Instituto Médico Legal) de Palmas.

    Charada é apontado como o principal articulador dos crimes cometidos durante os primeiros meses deste ano na capital de Tocantins. Estima-se que ele tenha sido mandante de, ao menos, 50 mortes na capital de Tocantins.

    Ele estava preso desde o início do mês no presídio Barra da Grota, em Araguaína (TO), depois que foi detido em uma operação das polícias Civil do Tocantins e do Rio Grande do Sul. Charada foi encontrado morto em sua a cela no último domingo (23).

    O TJ-TO (Tribunal de Justiça do Tocantins) havia determinado que fosse realizado um exame necroscópico do corpo do traficante até o final da tarde da última terça-feira (25), o que não foi realizado. A multa diária por descumprimento é de R$ 30 mil.

    Na certidão de óbito do traficante, a causa da morte especificada era de suicídio.

    De acordo com a decisão do TJ, há indícios de que Charada tenha sido vítima de homicídio. O TJ justificou ainda que as lesões no corpo do traficante não são compatíveis com a morte por enforcamento.

    Charada foi identificado como membro de uma facção goiana aliada a uma paulista com atuação em todo o território nacional. Neste ano, ele teria resolvido deixar o grupo e se aliar a uma facção carioca, também com atuação em todo o país. Todas as facções atuam no contexto de tráfico de drogas.

    As investigações apontaram ainda que Dad Charada teria aproveitado a disputa de poder entre as facções para se vingar de desafetos que fez enquanto estava com a facção paulista.

    A CNN procurou a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins para saber se há previsão para a realização do exame necroscópico, mas até o momento não obteve retorno.