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    Família do congolês Moïse Kabagambe vai administrar quiosque no Parque Madureira

    Parentes haviam desistido de assumir quiosque onde jovem foi morto na Barra da Tijuca por medo de represálias

    Leandro Resende

    A família do congolês Moïse Kabagambe, agredido até a morte na orla da Barra da Tijuca no dia 24 de janeiro, vai receber e administrar um quiosque no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

    Nesta sexta-feira (18), está previsto um encontro dos familiares do jovem com a concessionária Orla Rio, que vai fornecer a estrutura física para a operação do estabelecimento, em área cedida pela Prefeitura do Rio.

    Em fevereiro, a família de Moïse desistiu de assumir a gestão do quiosque onde o jovem foi morto, na Barra da Tijuca, com medo de represálias.

    O anúncio de que a família iria gerir o estabelecimento foi feito em cerimônia que contou com a presença do prefeito Eduardo Paes (PSD), mas o medo de ameaças feitas pelos donos do espaço em que ocorreu o crime fez a família recuar.

    A prefeitura e a Orla Rio ainda estudam fazer um memorial no local onde ocorreu o crime.

    O procurador da comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Rodrigo Mondego, que está assistindo os familiares do refugiado, afirmou que há um compromisso de a Orla Rio fornecer estrutura física, máquinas e prestar auxílio administrativo e contábil para a gestão do espaço.

    O Parque Madureira é o terceiro maior da cidade e ocupa uma área de 450 mil metros quadrados na Zona Norte do Rio, com diversas atividades de lazer. O local fica mais próximo da região onde vivem os parentes do congolês.

    O secretário municipal de Fazenda do Rio, Pedro Paulo Carvalho, afirmou que, após a reunião com a concessionária, prevista para amanhã, a prefeitura vai apresentar os detalhes do projeto de instalação do quiosque.

    “Quando oferecemos o espaço na orla da Barra, os familiares externaram uma preocupação com a segurança e um desconforto de operar um espaço onde Moïse foi morto, o que é perfeitamente compreensível. A intenção da prefeitura sempre foi ajudar, então conversamos e colocamos outros espaços à disposição dos familiares, que aceitaram administrar um quiosque no Parque Madureira”, declarou.

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