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    Exército pediu informações sobre civil que teria participado de furto de armas

    Polícia Judiciária Militar disse que pediu informações à Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro sobre a prisão de Jesser Marques Fidelix em SP

    Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram presos em São Paulo
    Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram presos em São Paulo Divulgação/Polícia Civil

    Isabelle Salemeda CNNCarolina Figueiredocolaboração para a CNN

    A Polícia Judiciária Militar informa que pediu informações à Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro sobre a prisão de Jesser Marques Fidelix, o Jessé. Ele era um dos quatro civis que haviam sido denunciados pelo Ministério Público Militar no inquérito que investiga o furto de 21 armas no Arsenal de Guerra de São Paulo, no ano passado.

    Jesser foi preso pela Polícia Civil do Rio durante uma ação na noite desta quinta-feira (11) em Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com as investigações, ele e o cunhado, Márcio André Geber Boaventura Junior, estavam em um veículo de luxo deixando um condomínio também de alto padrão quando foram detidos.

    De acordo com as investigações a da DRE, a dupla estaria ligada diretamente à negociação ilegal de armas, inclusive as do Exército, que teriam sido oferecidas para o Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do tráfico do estado do Rio.

    “Se ele [Jesser] foi um receptador ou se ele encomendou as armas é um próximo passo da investigação. Ainda é muito cedo pra gente afirmar se ele é um ou outro”, explicou o delegado Pedro Cassundé.

    Depois de recuperar oito das armas roubadas do Exército, a Polícia Civil do Rio teve acesso a vídeos que circulam nas redes sociais e que indicariam que os suspeitos estariam negociando o armamento de uso restrito para abastecer a disputa entre traficantes e milicianos na zona oeste da capital fluminense.

    Nesta sexta (12), os policiais cumprem nove mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Os alvos seriam pessoas ligadas aos dois presos, que estariam envolvidas nesse e em outros crimes, como a receptação e clonagem de veículos para fins de escambo por armas com grandes fornecedores de armas.

    Relembre o caso

    As 21 metralhadoras sumiram do arsenal de um quartel, em setembro do ano passado, em Barueri, na Grande São Paulo. Dezenove metralhadoras foram recuperadas no Rio e em São Paulo. Duas ainda são procuradas.

    Em fevereiro, o Exército concluiu a investigação sobre o furto. Quatro militares e quatro civis, inclusive Jesser, acusados pelo desaparecimento das armas foram indiciados por furto, peculato, receptação e extravio de armas. Dois dos militares foram presos e dois respondem em liberdade.

    O Comando Militar do Sudeste disse à CNN que permanece atuando para a recuperação das duas armas restantes, bem como para a responsabilização de todos os envolvidos.