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    Exército deve começar a retirar corpos de garimpeiros mortos em reserva Yanomami nesta segunda-feira (19)

    Ataque que teria resultado em três mortes no dia 8 de fevereiro, segundo a investigação da Delegacia de Alto Alegre, em Roraima

    Guilherme Gamada CNN* , São Paulo

    O Exército Brasileiro inicia nesta segunda-feira (19) a operação de apoio para resgatar os corpos de três garimpeiros que foram mortos em uma área da reserva Yanomami, de acordo com Darlinda Moura Viana, Delegada geral da Polícia Civil de Roraima.

    O reforço foi solicitado pela Polícia Civil de Roraima pela dificuldade de acessar a área do garimpo de Parima, região do município de Iracema (RR). De acordo com as investigações, as mortes ocorreram no dia 8 de fevereiro.

    “Pela manhã deste domingo (18), parte da equipe do exército já chegou em Surucucu. Mas houve uma pane na aeronave que transportaria a segunda equipe responsável pela abertura da clareira e a missão foi abortada”, explica a delegada.

    De acordo com o governo do estado, os agentes do exército estão aguardando um helicóptero de Manaus (AM) chegar ao local para a missão continuar, com previsão para esta segunda-feira (19). A CNN entrou em contato com o Exército, mas não obteve retorno.

    Relembre o caso

    De acordo com as investigações, conduzidas pela Delegacia de Alto Alegre, as mortes aconteceram após um suposto ataque indígena que aconteceu por volta das 15h, na área de garimpo entre a localidade de Parima e Dicão. As vítimas foram identificadas como Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizangela Pessoa da Silva, de 43 anos.

    A delegada-geral interina da PCRR, Darlinda Viana, disse que a Polícia Civil tomou conhecimento do caso apenas na segunda-feira (12), quando os familiares dos garimpeiros registraram um boletim de ocorrência. “No mesmo dia iniciamos as tratativas junto ao Exército, em Boa Vista. Na manhã seguinte, formalizamos ofício ao CMA e estamos aguardando resposta para que as equipes de segurança do Estado possam ir até a região”, explicou a delegada-geral.

    Na quinta-feira (15), familiares das três vítimas se reuniram com a delegada-geral e a diretora do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (DPJI), Cândida Magalhães, para saber sobre a logística do resgate dos corpos, considerando que a área em que os corpos estão é remota e de difícil acesso.

    “Estamos articulando a logística para que possamos ir à região. Como esclarecemos, trata-se de uma região que apresenta desafios logísticos para as equipes de resgate. Mas o Governo, por meio da Polícia Civil, está empenhado em superar essas adversidades e garantir que os corpos sejam recuperados com dignidade e respeito às famílias enlutadas”, disse Darlinda.

    Exército reforçará atuação em território indígena Yanomami

    Na última sexta-feira (16), o Exército Brasileiro informou que reforçará a atuação dentro do território indígena Yanomami, para intensificar as ações permanentes e emergenciais em defesa dos povos indígenas e do território brasileiro.

    Serão instaladas duas bases temporárias interagências (que integram órgãos governamentais) ainda neste semestre e implantados de dois Destacamentos Especiais de Fronteira (DEF) permanentes até o final deste ano.

    De acordo com o Comando de Operações Terrestres (COTER), o objetivo dessas ações é ampliar a capacidade logística de diversos órgãos nos rios Mucajaí e Uraricoera, aumentando, dessa forma, a repressão ao garimpo ilegal na região. Atualmente, o Exército atua no território Yanomami de forma permanente por meio de Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), estruturas que exercem patrulhamento da fronteira, atendimento à população local e que ainda têm prestado apoio às ações em curso de diversas agências governamentais.

    *(sob supervisão de Felipe Andrade e com informações de Luan Leão)

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