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    “Eu gritava muito”, relata vítima salva de arrastão por idoso nocauteado em Copacabana

    Natalia Fersi sofreu uma tentativa de assalto no último sábado (2), em Copacabana, no Rio de Janeiro

    Duda CambraiaRafaela Cascardoda CNN

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (7), a personal trainer Natalia Fersi disse que gritou muito quando foi abordada pelo grupo que praticava um arrastão em Copacabana, na zona Sul do Rio de Janeiro, no último domingo (3).

    Natalia mora no bairro há mais de 20 anos e nunca tinha vivido esse tipo de violência. A moradora relata que estava saindo de uma loja, com seu cachorro na bolsa, quando percebeu que um homem, que se aproximava dela, já tinha passado por ali antes. Com isso, Natalia decidiu atravessar a rua, mas não deu tempo.

    “Quando eu decidi atravessar a rua, foi o mesmo momento em que vi aquele bando se aproximando. Eu fui encurralada, tentava me esquivar e eu gritava, gritava muito”.

    Natalia relembra o momento em que Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, aparece para ajudar. “Eu vi o senhor Marcelo com a intenção de me proteger, de intervir naquela ação. Entendi que era uma ação de heroísmo da parte dele”.

    Após defender Natalia do arrastão, os criminosos nocautearam Marcelo, que caiu no chão e foi roubado. Na tarde de quarta-feira (6), a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro anunciou que o agressor foi identificado.

    “Final de semana, em horário de saída de praia, é mais perigoso, as pessoas ficam mais vulneráveis por falta de policiamento, o que faz com que esses criminosos tenham acesso fácil a esses atos de selvageria”, afirma Natalia.

    Ela ainda firma que a viatura que acudiu Marcelo foi ao local porque as pessoas ligaram para o 190. “Não vi ação alguma de policiais”.

    Por ter uma condição de saúde que afeta a coagulação do sangue, Natalia relata o medo de pensar na possibilidade de ter sido agredida naquele dia.

    “No momento que eu me deparei com o senhor Marcelo, já no chão, ele já tinha um edema no rosto, além do sangramento. Ali me causou uma emoção muito grande, fiquei imaginando se fosse comigo, poderia ter tido uma hemorragia maior e até uma hemorragia interna”, relata Natalia.

    O que diz a PM do Rio de Janeiro

    A Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que atua na região para prender em flagrante qualquer envolvido em crimes e que possui policiamento reforçado para reduzir os índice criminais do bairro.

    “Frequentemente, as unidades operacionais que atuam no bairro fazem ações de revistas e abordagens a pessoas em situação de vulnerabilidade, além de diversas ações que visam coibir o cometimento de roubos e furtos a patrimônio público e privado”, diz a nota enviada à imprensa.

    Nos últimos 10 dias, somente em Copacabana, a PM do Rio encaminhou 150 pessoas para delegacias da região e retirou 11 facas de circulação. Quatro pessoas foram presas e seis adolescentes infratores foram apreendidos.

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