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    Estúdios Flow confirmam que Monark não é mais sócio da empresa

    Empresa já havia anunciado desligamento do apresentador; ele defendeu a criação de um partido nazista durante entrevista com os deputados Tabata Amaral e Kim Kataguiri

    Luana Franzãoda CNN* , em São Paulo

    Em live realizada durante a noite desta terça-feira (8), os Estúdios Flow confirmaram que Bruno Aiub, conhecido como Monark, não é mais sócio da empresa de comunicação. O anúncio foi feito pelo apresentador do Flow Podcast, Igor Coelho.

    Ao lado de Coelho, Aiub também apresentava o Flow Podcast, programa de entrevistas em que recebia personalidades para discutir assuntos da atualidade.

    Ele detinha 50% dos Estúdios Flow e fez um “acordo de ressarcimento” – tendo sua parte comprada por Coelho. Ao anunciar a saída de Monark do quadro societário da empresa, ele afirmou que a decisão foi tomada para preservar os empregos dos funcionários contratados pela companhia.

    Monark foi desligado após causar indignação na internet ao defender a existência de um partido nazista no Brasil durante um episódio em que recebeu os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP). “Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, disse o apresentador do podcast. “Se o cara quiser ser um antijudeu, eu acho que ele tinha direito de ser”, acrescentou.

    O estúdio já havia anunciado através de um comunicado na tarde de terça-feira que Monark havia sido desligado da empresa, mas não havia esclarecido se manteria o apresentador no quadro societário. “Esta decisão foi tomada em conformidade com o que determinam todos os preceitos de boa prática, visão e missão dos Estúdios Flow. Lamentamos profundamente o episódio ocorrido. Pedimos desculpas a todas as pessoas, em especial à comunidade judaica”, afirmou a nota.

    O Flow Podcast foi o podcast mais ouvido do Brasil em 2021 no Deezer, de acordo com a plataforma de streaming. No YouTube, o programa tem cerca de 3,6 milhões de inscritos.

    Bruno Aiub se desculpou pelo ocorrido e afirmou que estava “muito bêbado” durante o diálogo. “Peço perdão pela minha insensibilidade, mas também peço um pouco de compreensão. São quatro horas de conversa, estava bêbado. Fui insensível sim, errei na forma como me expressei, dá a entender que estou defendendo coisas abomináveis. Peço compreensão e desculpas a toda a comunidade judaica”, disse.

    O fato do apresentador ter defendido a criação de um partido nazista se manteve entre os assuntos mais pesquisados e mais comentados durante esta terça.

    Após a repercussão do caso, o procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu uma investigação contra Monark e o deputado Kim Kataguiri por suspeita por apologia ao nazismo, crime previsto pela Lei nº 7.716/89.

    Nas redes sociais, internautas apontaram outras vezes que o Flow Podcast exibiu falas racistas e preconceituosas.

    *Com informações de Giulia Alecrim, Danilo Moliterno e Tiago Tortella, da CNN.

    **Sob supervisão de Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

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