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    Estudante de veterinária picado por cobra naja no DF acorda do coma

    A cobra que picou o estudante é considerada uma espécie exótica e segue aos cuidados do Zoológico de Brasília

    Vianey Bentes e Bruno Feitosa, da CNN Brasília

    O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, picado por uma cobra naja, acordou do coma na tarde desta quinta-feira (9). Pedro está internado desde a madrugada de terça-feira (6), em um hospital particular no Gama, a 34 quilômetros do centro de Brasília.

    Segundo uma fonte, Pedro acordou logo após o procedimento de retirada dos tubos da ventilação mecânica. “Ele está conversando, já agradeceu todo mundo”, disse a fonte, que explicou que as próximas 48 horas são muito importantes para o sucesso do caso já que o estado dele ainda é crítico.

    A cobra que picou o estudante é considerada uma espécie exótica e segue aos cuidados do Zoológico de Brasília. O animal foi localizado na noite desta quarta-feira (8), numa região próxima ao Lago Paranoá, pela polícia militar ambiental do Distrito Federal.

    Um colega de Pedro Henrique informou os policiais sobre o local onde o animal foi deixado. Nesta quinta, a PM encontrou outras 16 cobras exóticas, que estariam relacionadas ao mesmo caso. O batalhão localizou as cobras dentro de caixas plásticas jogadas em uma baia para cavalos, em uma chácara.

    Investigação

    Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil do Distrito Federal para apurar o caso. De acordo com a Polícia Civil, um auditor fiscal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram-DF) registrou a ocorrência e informou que não foi encontrado registro do animal em nome do estudante no órgão fiscalizador. Disse ainda que o jovem mantinha uma página no Facebook sobre algumas espécies de cobras, que depois do ocorrido foi apagada. 

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    O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) disse em nota que acompanha o caso e que o criador não tem permissão para manter o animal em ambiente doméstico, uma vez que precisa ter autorização emitida por órgão ambiental estadual e seguir regras para a criação, e a legislação só permite espécies não venenosas para esse fim.

    O Centro Universitário UniCEPLAC, onde Pedro Henrique cursa medicina veterinária e tem um grupo de estudos de animais silvestres e exóticos, afirmou que “não incentiva, de forma alguma, a criação de animais que possam oferecer riscos à saúde humana, ou do próprio animal”.

    “Aconselhamos que os membros que desejem adquirir um animal silvestre façam isso seguindo as leis e normativas vigentes no país”, disse a universidade.

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