Estados enviam cães farejadores a Petrópolis para apoio nas buscas por vítimas
Força-tarefa conta com animais que já participaram de outras operações de resgate em situações de soterramento, como em Brumadinho
Em meio às buscas pelas vítimas das fortes chuvas que atingiram a cidade Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, os bombeiros contam com o apoio essencial dos cães farejadores. Além do auxílio nas escavações, os animais contam um olfato aguçado para a localização de possíveis vítimas soterradas.
No entanto, os cachorros precisam de, no mínimo, 12 horas de descanso para conseguirem atuar de forma eficaz na busca. Sendo assim, os 16 cães farejadores à disposição do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro não são suficientes para aguentar todos os dias intensos nas atividades de resgate.
O coronel-comandante dos bombeiros, Leonardo Monteiro, em entrevista coletiva com o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ajuda a outros estados para o envio de animais que auxiliem nas buscas. Até o momento, cinco estados confirmaram o envio de pelo menos 41 cães farejadores à região. “Acreditem no trabalho do Corpo de Bombeiros”, disse o comandante.
O estado de São Paulo anunciou o envio de uma força-tarefa para auxiliar às vítimas das chuvas em Petrópolis. Entre os reforços, o governador João Doria (PSDB) citou a presença de uma equipe de bombeiros com cães farejadores, um helicóptero água e apoio terrestre.
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O estado afirmou que o trabalho com os animais começou já nesta sexta-feira (18). “O trabalho vai se concentrar nas ações de buscas com cães farejadores para localização de vítimas e corpos soterrados”, disse o governo estadual em nota. Pela manhã, um helicóptero com dois bombeiros e dois cães chegou à região afetada pelas chuvas.
Os cães irão se adaptar ao estresse do período de voo para então iniciar o trabalho que terá duração de uma semana. “Estamos enviando cães altamente eficientes na questão de busca de pessoas com vida e de cadáveres”, destacou o coronel Jefferson de Mello, comandante do Corpo de Bombeiros na Região Metropolitana.
As pastoras belgas Cleo e Hope, de cinco e seis anos, já atuaram com seus adestradores em outras tragédias, como a de Brumadinho, em Minas Gerais, e nos episódios recentes de soterramentos em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, também em decorrência de fortes chuvas. O governo paulista ainda informou que se necessário irá enviar uma nova equipe do canil para dar continuidade aos trabalhos.
O Distrito Federal comunicou o envio de três cães farejadores para apoiar as equipes de resgate na região serrana do Rio de Janeiro. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal comunicou que enviará equipes de socorro, resgate e salvamento que também incluem nove militares e três viaturas especializadas em operações desse tipo.
O governador Carlos Moisés, de Santa Catarina, também anunciou o envio de quatro cães farejadores que irão acompanhar as equipes de busca em Petrópolis. A ajuda do Corpo de Bombeiros Militar do estado ainda contará com oito militares em duas equipes de força-tarefa.
Os animais catarinenses têm experiência em operações de busca por vítimas soterradas. Ao menos três deles chegaram a atuar no desastre de Brumadinho.
O estado de Goiás confirmou que três cães de busca irão auxiliar no resgate às vítimas de Petrópolis. Eles serão acompanhados de outros quatro militares goianos. A cadela Cristal, que integra a força-tarefa, também já atuou em Brumadinho.
https://twitter.com/ronaldocaiado/status/1494736609526362115
Por fim, o estado do Espírito Santo confirmou o envio de outros dois cães que chegarão a Petrópolis nesta sexta. O Corpo de Bombeiros Militar do estado contará com duas equipes especializadas em busca e salvamento em situações de soterramento e águas rápidas.
Veja imagens do impacto das chuvas em Petrópolis
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